Testemunha diz à Justiça que Cristiana Brittes quis defender Daniel

  • Por Jovem Pan
  • 19/02/2019 11h50 - Atualizado em 19/02/2019 11h52
GIULIANO GOMES/PR PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Cristiana Brittes poderá tirar algema nas audiências

Lucas Mineiro, principal testemunha do “caso Daniel”, foi o primeiro a dar depoimento na 1ª Vara Criminal de São José dos Pinhais, nesta segunda-feira (18). Foi ele quem revelou as principais informações sobre a morte do jogador, quando as investigações começaram. E desta vez ele contou que Cristiana Brittes, esposa do assassino Edison Brittes, tentou defender Daniel das agressões.

A informação foi revelada pelo advogado de Lucas, Jacob Filho, em entrevista nesta terça (19): “ele revela que as duas estavam apavoradas, em pânico, muito nervosas. Como não viu a cena no quarto, Lucas relata que o pedido de socorro seria para evitar uma tragédia”.

Advogado de defesa dos reús, Cláudio Dalledone Júnior comemorou o depoimento de Lucas: “ficou claro, consignado, registrado e esclarecido que Cristiana a todo momento pediu e implorou para que aquelas agressões parassem. Todas as testemunhas disseram isso”.

Dalledone também conseguiu outra pequena vitória, nesta terça. Cristiana e Allana não terão que usar algemas durante os depoimentos. Ele entendia que isso poderia gerar uma imagem de presunção de culpa para as duas.

O caso Daniel

Ex-jogador do São Paulo e do Botafogo, Daniel foi encontrado morto, torturado e sem o pênis em São José dos Pinhais, em novembro de 2018. Edison Brittes Junior, também conhecido como Juninho Riqueza, assumiu o assassinato. Ele alega que fez isso porque encontrou Daniel tentando estuprar a esposa, Cristiana. As investigações indicaram que outras 3 pessoas participaram das agressões.

Portanto ao todo existem 7 réus: Juninho Riqueza, Cristiana Brittes, Allana Brittes (filha do casal, acusada por coação de testemunha e fraude processual), Evellyn Brisola Perusso (ex-ficante de Daniel, acusada por denunciação caluniosa e fraude processual) e os 3 acusados de agressão – Eduardo Henrique Ribeiro da Silva, Ygor King e David Willian Vollero Silva.

As audiências na 1ª Vara Criminal de São José dos Pinhais devem durar 3 dias, reunindo testemunhas de acusação, de defesa e também os reús. Depois a juíza vai determinar se os reús irão para júri popular ou não.

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