Tite fica satisfeito com testes contra o Japão: “Tivemos fluência e desempenho”
Depois de mandar a campo uma equipe mista para enfrentar o Japão e terminar a partida com um time reserva, o técnico da Seleção Brasileira, Tite, se disse satisfeito com a produção que os jogadores atingiram em campo na vitória por 3 a 1 no amistoso realizado nesta sexta-feira (10), em Lille, na França. O treinador chegou a nomear todos os atletas que ainda precisam de mais avaliação no grupo, casos de Danilo, Jemerson, Diego Souza, Alex Sandro, Douglas Costa, Taison e o goleiro Cássio, mas não aceitou fazer avaliações sobre quais conclusões tirou das observações.
Tite abriu a coletiva falando de Neymar, defendendo-o das informações que vem sendo publicadas pela imprensa francesa e espanhola sobre sua suposta insatisfação no Paris Saint-Germain. As palavras do comandante emocionaram o astro brasileiro, mas a seguir o treinador teve de se voltar às questões sobre o desempenho de sua equipe. O Brasil venceu o Japão, ampliando ainda mais o retrospecto positivo desde sua chegada à CBF, mas a apresentação desta sexta ficou longe de ser a de um jogo de Copa do Mundo, como ele mesmo dissera esperar.
Apesar disso, Tite foi brando na avaliação de seu time. Segundo ele, com uma equipe muito modificada, perde-se em entrosamento, mas ainda assim a performance foi positiva. “Principalmente no primeiro tempo, a equipe teve um grande desempenho”, afirmou o treinador. “A mecânica demora um pouquinho para engrenar, mas, mesmo com as modificações, tivemos fluência e desempenho”, avaliou, citando mais uma vez a frase do técnico argentino Marcelo Bielsa: “O mais importante não é o conseguido, mas o merecido”.
Tite disse ainda que optou por lançar ao time na segunda etapa mais jogadores do grupo que vem sendo observado nas últimas convocações, sacrificando ainda mais os automatismos da equipe. Foi então que o goleiro Cássio, Diego Souza, Alex Sandro, Douglas Costa, Taison foram a campo, além de Renato Augusto, que deve ter lugar na lista de 23 atletas que irão ao Mundial.
“No segundo tempo, a equipe ficou um pouco prejudicada pela retomada de uma marcação melhor e pelas substituições, porque você acaba de alguma forma desestruturando. Eu tenho que relativizar isso”, reconheceu, dando a entender que fez as modificações tendo em mente o placar que já havia construído. “O resultado do primeiro tempo nos permitiu ter uma possibilidade maior de observação”, disse.
Sobre os atletas que entraram, Tite se esquivou de fazer uma avaliação de nomes ou de indicar se estão mais próximos ou mais distantes de uma convocação definitiva para a Copa do Mundo da Rússia. O único que mereceu uma avaliação em particular foi Cássio, questionado por uma eventual falha no gol do Japão. “Eu vi uma vez só. O cara cabeceou e não vi nenhuma participação do Cássio”, avaliou, reconhecendo que gostaria de ver o lance de novo, mas desde já isentando seu goleiro reserva de culpa.
Ainda sobre a suposta falha da zaga, Tite não fez avaliações sobre Jemerson, que perdeu a disputa pelo alto com Makino.
Outro tema do jogo, a arbitragem de vídeo – até então inédita em jogos da Seleção – mereceu elogios fartos de Tite. Mesmo quando se referiu ao cartão amarelo de Neymar, recebido após consulta do replay pelo árbitro, o treinador foi só aplausos. “O árbitro foi e corretamente deu o cartão”, disse. Para o comandante, a tecnologia é um prêmio e um incentivo ao jogo limpo e justo. “O esporte é o reflexo da sociedade. Chega, vamos parar com ‘o errado está certo'”, argumentou.
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