Torcedores do Peñarol detidos no Rio de Janeiro são acusados por porte de arma, associação criminosa e injúria racial
Uma briga generalizada entre os uruguaios culminou no saque do ônibus dos torcedores e no incêndio do veículo, horas antes do confronto contra o Botafogo, pela Libertadores
O planejamento da Polícia Militar para a recepção dos torcedores do Peñarol no Rio de Janeiro previa um aumento no patrulhamento a partir das 17h30 de quarta-feira (23). No entanto, a situação se complicou antes do esperado, com tumultos iniciando por volta do meio-dia. Como resultado, 280 torcedores uruguaios foram detidos, e a Polícia Civil prendeu 22 deles em flagrante, que foram levados à Polinter e devem passar por audiência de custódia. Os torcedores enfrentaram diversas acusações, que vão desde porte ilegal de arma até lesão corporal, além de roubo, dano qualificado, incêndio, associação criminosa, desacato, rixa e injúria racial.
Um adolescente também foi apreendido durante a operação. Outros 330 uruguaios estão sendo responsabilizados pelo artigo 201 do Estatuto do Torcedor, que penaliza a promoção de tumultos em eventos esportivos. A confusão teve início quando os torcedores avistaram fãs do Flamengo, embora outra versão aponte que o estopim tenha sido um roubo de celular em um quiosque. O secretário de Segurança Pública, Victor dos Santos, reconheceu falhas no planejamento e assumiu a responsabilidade pela situação.
Ele informou que apenas 9 dos 14 ônibus esperados com torcedores uruguaios chegaram à cidade, e que três ônibus estacionados na orla foram alugados sem a supervisão das organizadas. Vale lembrar que em setembro, torcedores do Peñarol já haviam se envolvido em confrontos no Rio de Janeiro. Na ocasião, o Consulado Geral do Uruguai havia sugerido que a torcida se concentrasse em um camping isolado para evitar novos conflitos.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicada por Matheus Oliveira
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