UEFA revisará contratos de patrocínio do PSG com empresas do Catar

  • Por EFE
  • 07/02/2018 14h21
Divulgação PSG Divulgação PSG Valor da compra de Neymar colocou o PSG na mira da UEFA

O organismo de controle contábil de clubes da UEFA ordenou uma auditoria independente dos contratos que o Paris Saint-Germain (PSG) possui com entidades do Catar, dentro da investigação aberta para determinar se o clube cumpre com as regras do Fair Play Financeiro.

Segundo publicado nesta quarta-feira pelo jornal francês L’Équipe, essa auditoria pode rebaixar esses contratos, o que obrigaria o time francês a buscar uma quantidade superior aos 75 milhões de euros inicialmente requeridos para equilibrar suas contas.

Tudo isto é fruto da investigação aberta pela Instância de Controle Financeiro dos Clubes (ICFC) da UEFA depois que o PSG desembolsou 222 milhões de euros para contratar o brasileiro Neymar e outros 190 milhões de euros pelo francês Kylian Mbappé, cifras astronômicas que surpreenderam o mundo do futebol.

No ponto de mira desse organismo estão os contratos com o banco o Qatar Nationial Bank, o operador de telecomunicações Ooredoo, o canal de televisão BeIn Sports, o organismo de promoção turística do Catar (QTA) e a clínica esportiva Aspetar.

Como os contratos com essas empresas superam em 30% os investimentos de patrocínio do clube, a ICFC aplicou o regulamento que a obriga para revisá-los, aponta o jornal.

Essa auditoria deverá determinar se esses contratos refletem o preço real de mercado e, caso contrário, corrigirá para baixo o impacto nos investimentos do clube. Se isso ocorrer, o PSG verá aumentar o desequilíbrio contábil de suas contas, avaliado inicialmente em 75 milhões de euros.

Não é a primeira vez que a equipe da capital francesa viu a UEFA revisar seus contratos de patrocínio. Em 2014, a entidade avaliou o contrato assinado com a QTA em 100 milhões de euros, a metade do declarado pelo clube.

Então, a UEFA impôs ao clube uma multa de 20 milhões de euros, além de limitar a 25 o número de jogadores que podiam disputar a Liga de Campeões e de controlar suas transferências durante vários meses.

Preventivamente, segundo o L’Équipe, o PSG tinha inscrito em suas contas para esta temporada 100 milhões de euros de investimentos do QTA, apesar do contrato real ser de 175 milhões.

Por enquanto, o clube francês deve gerar investimentos de 75 milhões antes do final de temporada.

O PSG gerou até agora só 28 milhões de euros da transferência do brasileiro Lucas Moura ao Tottenham, o que o obrigará a vender mais jogadores no próximo mercado de contratações.

Além disso, o clube tem que melhorar os contratos de patrocínio que tem com outras empresas graças à maior notoriedade que adquiriu a equipe após as contratações de Neymar e Mbappé.

Segundo L’Équipe, a equipe espera negociar para cima os 25 milhões pagos pela Nike, que também patrocina as duas contratações estrela desta temporada.

Ela também acredita que aumentará os 25 milhões de euros que a companhia aérea Emirates paga para ter sua marca estampada nas camisas do clube.

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