UFPR: Futebol só poderá voltar a ter público com criação de vacina

  • Por Jovem Pan
  • 11/05/2020 22h07
LUCAS MERÇON/ FLUMINENSE F.C. Segundo UFPR, futebol não voltará a ter público até o desenvolvimento de uma vacina

Uma pesquisa da Universidade Federal do Paraná aponta que os torcedores só devem voltar aos estádios do Brasil após o desenvolvimento de uma vacina, ou de um medicamento retroviral, que combata a covid-19.

Fernando Mezzadri, professor da universidade, e o advogado Paulo Schimitt, coordenador da comissão de integridade da Federação Paulista de Futebol são os autores do estudo. Mezzadri é doutor em educação física e lidera o projeto de pesquisa “inteligência Esportiva”, uma parceria do Centro de Pesquisa em Esporte, Lazer e Sociedade (CEPELS), DA UFPR, e a Secretaria Especial do Esporte, do Ministério da Cidadania.

Foram desenhados quatro possíveis cenários para a retomada dos jogos, sendo o primeiro mais restritivo de todos, e o quarto, o de abertura total à prática e disputa de competições oficiais.

Neste cenário, de retomada completa de atividades da sociedade, eles apontam a necessidade de uma vacina ou remédio contra o vírus para que a torcida possa voltar a acompanhar as partidas in loco.

“A retomada total das atividades esportivas e competições só será possível com a existência de medicamento retroviral eficaz ou vacina que previna e proteja tanto os praticantes/atletas quanto os espectadores”, apontam os autores no estudo.

Mezzadri também foi consultor da Unesco para políticas públicas sobre dopagem, e acredita que muitas adaptações precisarão ser feitas para que a rotina volte ao normal.

“Tanto os atletas quanto as pessoas (torcedores) devem fazer os testes como uma forma de controle e precaução, mas a volta aos treinamentos normais e as competições ainda não devem ocorrer agora. Consideramos muito precipitado o retorno as competições pelo atual estágio da pandemia no Brasil”, disse o professor, em entrevista ao site da UFPR.

Os pesquisadores chegaram às conclusões a partir de orientações das unidades mundiais na área da saúde, epidemiologia e higiene, além de um ciclo de debates semanais realizados no canal do Youtube do grupo.

* Com Estadão Conteúdo

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