Zebras, golaços e africanas em alta: o que de melhor aconteceu na primeira fase da Copa do Mundo feminina
Em 48 jogos foram 126 gols e seleções tradicionais ficando de fora das oitavas de final
Neste sábado, 5, começa a segunda fase da Copa do Mundo feminina da Austrália e Nova Zelândia com os duelos de oitavas de final. Até a próxima terça-feira, serão definidas as oito seleções que avançarão para as quartas de final e seguirão em busca do título. Na fase de grupos, foram 48 jogos e 126 gols marcados, com recordes de público sendo batidos, vitórias históricas, golaços e zebras. Logo no primeiro dia, a anfitriã Nova Zelândia venceu a favorita Noruega por 1 a 0. O gol de Hannah Wilkisson foi o primeiro da história das Ferns em Copas femininas e sua primeira vitória. Os mais de 42 mil torcedores que estiveram no Eden Park, em Auckland, bateram o recorde de maior público de um jogo de futebol no país (entre homens e mulheres). A outra seleção anfitriã, a Austrália, também alcançou marca parecida em sua estreia. Em Sydney, mais de 75 mil pessoas presenciaram a vitória das Matildas por 1 a 0 contra a Irlanda e estabeleceram um recorde para o futebol feminino australiano.
Na segunda rodada, a reedição da final de 2019 entregou tudo o que prometia. Estados Unidos e Holanda fizeram um dos melhores jogos do Mundial em um empate por 1 a 1. Na onda dos resultados surpreendentes, a Nigéria venceu a Austrália por 3 a 2 com uma atuação de gala da goleira Nnadozie, que tinha defendido pênalti na primeira rodada. A Colômbia derrotou a poderosa Alemanha por 2 a 1, com gol nos acréscimos, e chamou atenção pela maneira como jogou os 90 minutos, demonstrando raça e bom futebol. Estreante, a Filipinas fez história ao vencer a Nova Zelândia, conquistando seu primeiro gol e primeira vitória em Mundiais. Responsável pelo melhor saldo de gols até aqui (11 gols em três jogos), o Japão apresentou o melhor futebol do torneio e superou a Espanha, da melhor do mundo, Alexia Putellas, com uma sonora goleada de 4 a 0.
Seleções africanas fazem história
Pela primeira vez, três seleções africanas conseguiram se classificar para as oitavas de uma Copa feminina. A tradicional Nigéria vinha de um bastidor conturbado e não apresentando bons resultados recentes, mas entrou focada na competição e terminou em segundo no Grupo B, superando o Canadá (campeão olímpico). Já a África do Sul, em sua segunda edição de Mundial, se classificou na última rodada do Grupo G ao vencer a Itália por 3 a 2, nos acréscimos. As Banyana Banyana passam por problemas com sua federação, que não quer repassar o dinheiro entregue pela Fifa e tem seu presidente investigado por corrupção. Fechando a trinca histórica de africanas, a seleção do Marrocos deixou a Alemanha de fora da próxima fase pela primeira vez na história. As Lionesses terminaram em segundo no Grupo F com duas vitórias por 1 a 0, após perder de 6 a 0 das próprias alemãs. Na Copa do Mundo masculina, a seleção marroquina já tinha ficado em 4º lugar.
Golaços
Reunindo algumas das melhores jogadoras do mundo, é natural que a Copa do Mundo tenha um nível de excelência alto e gols inesquecíveis. Vale destacar quatro (assista abaixo). No jogo entre Brasil e Panamá, o terceiro gol da seleção brasileira foi uma obra de arte coletiva. Pela esquerda, Debinha e Adriana tabelaram, a atacante cruzou para a área e Ary Borges ajeitou de calcanhar para Bia Zaneratto marcar. Na partida entre Canadá e Irlanda, na segunda rodada, a irlandesa Katie McCabe fez um gol olímpico – o primeiro da história da Irlanda em Copas femininas. No duelo entre Colômbia e Alemanha, a jovem Linda Caicedo driblou duas na esquerda e bateu no ângulo da goleira Frohms. E para fechar, na terceira rodada, Marta Cox, do Panamá, abriu o placar contra a França com um golaço de falta de muito longe. É o gol mais rápido dessa Copa (2 minutos) e foi o primeiro do país na história da competição.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.