Futsal inspira, e Corinthians tenta “ressuscitar” time de basquete masculino

Um dos clubes mais populares do Brasil, o Corinthians está muito perto de voltar a competir no basquetebol masculino. Depois de passar anos somente com equipes em categorias menores, o Alvinegro já se prepara para “ressuscitar” o seu time adulto, que sempre foi tão tradicional.

Em entrevista exclusiva ao repórter Fausto Favara para o Domingo Esporte, da Rádio Jovem Pan, o técnico Jorge Guerra, o popular Guerrinha, contou que foi convidado no fim do ano passado pelo presidente alvinegro, Roberto de Andrade, para participar do projeto de resgate do time masculino de basquete do Corinthians. 

Demitido pelo Bauru em outubro do ano passado, Guerrinha aceitou o convite e explicou que, se o projeto de fato sair do papel, será ele quem treinará a equipe alvinegra. A ideia da diretoria é usar a força e tradição da “marca” Corinthians para captar recursos capazes de viabilizar o projeto. O objetivo é que um patrocinador banque o time.

“É um projeto independente, autossustentável e que está evoluindo muito bem. O Corinthians, por meio de sua presidência e diretoria de esportes, tem muito interesse em voltar a ter um basquetebol digno, que orgulhe a história do clube“, contou Guerrinha. 

Uma das fontes de inspiração é o futsal. Este departamento passou por uma profunda reformulação nos últimos anos, e, hoje, a equipe corintiana de futebol de salão é uma das mais fortes do País – com patrocínio importante, boa relação com o público e seis participações consecutivas nas semifinais da Liga Futsal.

“Queremos que seja mais ou menos como o futsal, que tem um time vencedor e sempre lota o ginásio. Lógico que o futsal tem um tipo de demanda, o vôlei tem outra, e o basquete, outra. Mas, se conseguirmos viabilizar esse projeto do time de basquete, será um grande sucesso“, apostou Guerrinha.

É importante ressaltar que o Corinthians já teve times muito fortes no basquetebol masculino. Para se ter noção, jogadores como Wlamir Marques, Rosa Branca, Edvar e Amaury Passos, nos anos 60, Cláudio Mortari, na década de 1980, e Oscar Schmidt, entre 1995 e 1997, já vestiram o uniforme alvinegro.  

Como acontece atualmente com Flamengo, Real Madrid e Barcelona, o Corinthians quer deixar de pensar só no futebol para ter sucesso também no basquete. “Se der certo, a volta de um clube com a força e tradição do Corinthians vai ser maravilhosa para o basquetebol brasileiro. A gente poderia chamar um Wlamir, um Amaury e até um Oscar, quem sabe, para assistir aos jogos e estar ao lado da equipe. Nós estamos sonhando muito alto”, revelou Guerrinha.  

Se o projeto se concretizar, o Corinthians provavelmente disputará a edição 2017 da Liga Ouro. Ela é uma espécie de “segunda divisão” do basquetebol brasileiro e dá acesso ao NBB, como é chamada a liga brasileira da modalidade.