Galo obtém vitória dramática em Bogotá e ganha sobrevida na Libertadores

  • Por Agencia EFE
  • 19/03/2015 00h50
EFE Atacante Lucas Pratto comemora gol na vitória atléticana

Com sofrimento, ingrediente que vem se tornando seu companheiro inseparável em torneios de mata-mata nos últimos anos, o Atlético-MG derrotou o Independiente Santa Fé por 1 a 0 no estádio El Campín, em Bogotá, nesta quarta-feira e somou seus três primeiros pontos nesta edição da Taça Libertadores.

Protagonista de grandes viradas nas campanhas vitoriosas da Libertadores de 2013 e da Copa do Brasil do ano passado, o Galo deu o primeiro passo para reverter mais uma situação adversa.

O autor do gol salvador foi Lucas Pratto, que fez sua estreia na competição, já que vinha sendo desfalque por conta de uma lesão. O gol aconteceu aos 13 minutos do segundo tempo, mas a tranquilidade só foi estabelecida quadno a partida acabou, já que o Santa Fé pressionou até o fim, com bola na trave e gol anulado.

Derrotado nas duas primeiras partidas que disputou nesta edição do torneio continental, o time dirigido por Levir Culpi embolou o grupo 1, com os mesmos três pontos e campanha idêntica à do Atlas. Já Santa Fé e Colo-Colo têm seis cada, com vantagem para a equipe chilena no número de gols marcados.

Entretanto, a situação ainda não é das melhores, e para continuar sonhando com o bi o Atlético precisará derrotar a equipe colombiana novamente no dia 9 de abril, desta vez na Arena Independência.

Levir recuperou duas peças importantes em sua equipe, o lateral-direito Marcos Rocha e o atacante Lucas Pratto, que vinham sendo desfalque na Libertadores. Por outro lado, Lucas Cândido, que é opção tanto na lateral esquerda quanto no meio voltou a sofrer lesão grave no joelho e está fora do torneio continental.

No Santa Fé, a principal novidade foi a volta do experiente meia-atacante Omar Pérez, recuperado de uma inflamação no joelho direito. Gustavo Costas o colocou em campo desde o começo.

O Galo incomodou logo aos três minutos do primeiro tempo, em chute de primeira de Luan, mas o goleiro Zapata encaixou. A jogada passou a falsa impressão de que o time visitante pressionaria. O que se viu, no entanto, foram muitos erros dos dois lados e pouca emoção na primeira parte do duelo.

A bola ia de intermediária a intermediária e quase nunca entrava nas áreas. E foi de longe que o Santa Fé deu trabalho pela primeira vez, aos 14 minutos, em tentativa de Roa. Victor defendeu com segurança.

Aos poucos, o Atlético foi tomando o controle das ações, mas continuava falhando, tanto no último passe quanto nas finalizações. Aos 19, Cárdenas cobrou escanteio com força e Luan desviou de cabeça para fora.

A melhor chance de toda a primeira etapa aconteceu aos 31 minutos e favoreceu os visitantes. Após Luan bater falta, a defesa até afastou, mas o Galo continuou no ataque, Douglas Santos pegou rebote de cruzamento e encheu o pé, mandando a centímetros da trave direita.

O time colombiano respondeu aos 38, com Meza. O zagueiro aproveitou a infração cobrada por Omar Pérez pela esquerda e, com Victor já batido, cabeceou por cima do travessão.

Mal a segunda etapa começou e o Atlético já se viu em apuros. Aos quatro minutos, Quiñónez trocou passes com Morelo e ficou de frente para o goleiro, mas Marcos Rocha apareceu como salvador e impediu a finalização.

O campeão de 2013 se via cada vez mais encurralado, e se salvava como podia. E o alívio veio da melhor maneira possível, com gol, o primeiro da equipe na competição. Cárdenas bateu escanteio, Lucas Pratto apareceu com espaço e cabeceou para a rede, aos 13 minutos.

Os atleticanos sabiam que, apesar do gol, a vitória não seria fácil. E não foi mesmo. Aos 22, Páez, que entrara na vaga de Quiñónez, acertou bonita cabeçada e obrigou Victor operar um de seus típicos milagres.

O sofrimento, claro, não era proposital, mas o Galo parece gostar dele, já que poderia ter “matado” a partida aos 31. Pérez cobrou falta na barreira, a equipe visitante partiu no contra-ataque e Carlos ficou em boas condições para concluir, mas demorou e foi travado.

Por centímetros, a máxima “quem não faz, leva” não entrou em ação para castigar os comandados de Levir Culpi. Morelo recebeu na área e ajeitou no capricho para Arias, que chutou colocado e acertou a junção entre a trave esquerda e o travessão.

O alívio não viria até o apito final. No último minuto, o Santa Fé balançou a rede, mas o gol foi corretamente anulado, já que Zapata, que foi para a área em um ato de desespero, cometeu falta em Victor, em lance de goleiro com goleiro.

 

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