Giba se solidariza a Elisângela e pede fim do ranking da CBV: “porcaria”

  • Por Jovem Pan
  • 28/10/2015 12h13
Facebook/Reprodução Giba lamentou aposentadoria de Elisângela e pediu o fim do ranking da CBV

Polêmico e injusto, o ranking da CBV tem gerado grande discussão no vôlei brasileiro, principalmente após a notícia de que a jogadora Elisangela deixará as quadras por não conseguir um clube. Para o histórico jogador da Seleção Brasileira, Giba, o ranking é mal executado e não cabe ao formato da liga disputada no Brasil. Em entrevista exclusiva ao Jovem Pan Online, o campeão olímpico relembrou a fase em que passou pelo mesmo problema que Elisangela e pediu o fim do ranking no país.

“Eu sou contra (o ranking). A Elisangela está se aposentando por não ter time e ela tem pontos demais. Isso é um absurdo. Os jogadores têm que ter o direito de ir pra onde quiser, o time que tiver um patrocinador maior, contrata quem quiser. Isso não faz com que a competição fique competitiva. Só acaba arruinando a carreira do atleta”, declarou Giba.

“A Lili é minha conterrânea, de Londrina. Gosto muito dela. E é realmente uma pena. Eu passei por isso um tempo. Então, acaba com essa porcaria. Está enfraquecendo a liga”, afirmou.

Aposentado desde 2014, Giba teve uma das carreiras mais vitoriosas do vôlei brasileiro. O sucesso dentro das quadras também foi refletido no ranking. Com boa pontuação, porém, o campeão olímpico também sofreu com as regras na liga brasileira.

“Eu fiquei quatro meses parado e pensei em me aposentar, justamente por causa disso. Os três times que tinham patrocínio maior fecharam os jogadores de sete (pontos no ranking), e a gente não pode se vender. Então resolvi parar, acabei voltando depois”, recordou o ex-camisa 7 da Seleção Brasileira.

Com experiência no vôlei europeu, Giba destacou que na Itália há um ranking bem executado por conta do número de equipes disputando o campeonato. Para o ex-jogador, no Brasil, os poucos times que disputam a Superliga tornam a regra inviável.

“Não tem como ser bem executado. Se você tem, por exemplo, como na Itália, seis ligas, aí você tem como fazer o ranking porque tem muitos times. Aqui são 12 e as equipes começam a se inscrever faltando dois meses pra começar a superliga. Nesse fator, acho que o Brasil é complicado”, explicou.  

Criado nos anos 90 com o objetivo de manter equilíbrio entre as equipes da Superliga, o ranking classifica os atletas de 1 a 7 pontos. Um time não pode ter um somatório de pontos inferior a sete ou superior a 32. Cada atleta tem sua pontuação determinada após indicação dos clubes e avaliação do gabarito técnico e desempenho nas últimas temporadas. Uma equipe pode ter, no máximo, três atletas de pontuação 7.

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