Gobbi critica penalização aos clubes por conta de confusões de torcida

  • Por Fabio Seródio/JovemPan
  • 02/10/2014 09h56

Clube será julgado por conta de brigas entre torcedores no clássico contra o São Paulo

Folhapress Torcida do Corinthians briga durante clássico

Na próxima sexta-feira, o Corinthians será julgado pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) por conta das confusões que sua torcida protagonizou no clássico contra o São Paulo, na Arena Corinthians, no último dia 21 de setembro. Preocupado com a possibilidade de perder até 20 mandos de campo e consequentemente a chance de atuar em casa na reta final do Campeonato Brasileiro, o presidente do Timão, Mário Gobbi, criticou à rádio Jovem Pan a penalização aos clubes por conta dos atos de torcedores, que segundo ele deveriam ser problema do estado.

“Estou preocupado porque vejo aí um crescente em questões com torcidas. Eu discordo que o clube pague por isso. Eu acho que você penalizar o clube é reconhecer a falência pública de órgãos do aparelho estatal, a quem compete por prescrição na constituição federal para impedir a violência em lugares públicos e não aos clubes de futebol. Mas vivemos no Brasil, é um país tupiniquim mesmo e temos que conviver com essa mediocridade toda”, reclamou.

O mandatário ironizou e afirmou que irá abrir um concurso público para formar a “guarda do Corinthians” para fazer o policiamento do Itaquerão. Ele ressaltou que não é problema dos presidentes dos clubes ter que cuidar de “marmanjos de 25 anos”, que deveriam ter sido educados desde o nascimento.

“Vou abrir um concurso para guarda civil do Corinthians. Aí vamos fazer o policiamento do estádio todo, vamos policiar o entorno e a responsabilidade será nossa. Todo mundo quer lavar as mãos e jogar a culpa nos clubes. Eu, Carlos Miguel (Aidar), Paulo Nobre temos que tomar conta de marmanjos de 25 anos que um estado e a sociedade não cuidaram na época do nascituro e formou isso aí. Viu que bonito? Esse é um país que vai para frente”, alfinetou.

Gobbi também rebateu os boatos de que a Chapecoense estaria tentando convencer clubes da Série A à entrar com uma representação contra o Alvinegro Paulista por conta da possível irregularidade do volante Petros no BID, o que faria o Timão perder 21 pontos e cair para a parte de baixo da tabela. Para ele, é fácil um clube que não tem competência para brigar por títulos buscar métodos para crescer na competição.

“Eu acho que quem não tem competência tem que procurar esses subterfúgios em papéis e arquivos. Deveriam montar um time que ganhasse dentro do campo e fosse campeão, daríamos os parabéns para a Chapecoense”, garantiu.

Com mandato até o fim deste ano, o atual presidente do time bicampeão mundial pretende renovar o contrato do peruano Guerrero antes de entregar o cargo. “Ainda não. Estamos conversando para renovar. Queremos que ele fique e eu quero sair com isso resolvido”, finalizou.

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