Goleiro campeão do mundo em 1970 vê regressão técnica no futebol brasileiro

  • Por Jovem Pan
  • 26/09/2014 18h00
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Eduardo Roberto Stinghen, também conhecido como Ado, fez grande sucesso no futebol defendendo a meta do Corinthians entre os anos de 1969 e 1974 e também vestindo a camisa da Seleção Brasileira, tornando-se campeão do mundo em 1970, no México. Em entrevista à rádio Jovem Pan, o gaúcho se mostrou incrédulo com a péssima qualidade do futebol brasileiro nos dias atuais, afirmando que houve uma regressão considerável de craques em comparação à sua época.

“Nós não evoluímos, nós regredimos. Em 1970 nós jogávamos contra times fantásticos, jogadores excepcionais. Não tem mais ninguém hoje. Tem que mudar as nossas leis e proibir jogadores de saírem daqui, se quiser que o futebol volte a ser o que era antes”, explicou.

Reserva de Félix no Mundial que decretou o tricampeonato brasileiro na Copa do Mundo, Ado atuou ao lado de craques como Pelé, Rivelino, Gérson, Tostão, Carlos Alberto Torres e muitos outros. Para ele, o fato de jovens atletas saírem cedo do Brasil tornam o torneios do país fracos tecnicamente.

“Os europeus investem muito em nossos jogadores de base e não temos peças de reposição para isso. Quando eles retornam, já estão arrebentados fisicamente. O pessoal tem que investir na base em médio e longo prazo. Demora de cinco a seis anos para formar um”, comentou.

Perito na arte de defender o gol, Ado faz elogios a formação de goleiros e cita o fato de o país estar exportando atletas da posição, algo que não acontecia com frequência antigamente.

Eu acho que nessa área estamos bem servidos, tanto que agora exportamos. Os goleiros de Minas Gerais são bons, aquele Fernando Prass do Palmeiras eu também gosto, apesar do Cássio ter falhado, acho ele muito bom. “O problema é que não temos meias e nem atacantes”, disparou.

Citando o Cruzeiro como campeão brasileiro de 2014, já que segundo ele, os outros clubes são incompetentes e não conseguirão alcançar a raposa na tabela, Ado opinou sobre a polêmica de mão na bola, que veio causando muitas discussões nas últimas rodadas e disse que bolas que vão em direção ao gol e batem na mão do defensor, tem que marcar o pênalti, mesmo sem intenção.

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