Goleiro do Brasil questiona arbitragem, mas celebra desempenho no handebol

  • Por EFE
  • 17/08/2016 14h56
Reprodução Facebook César Bombom

César Bombom, o goleiro da seleção masculina de handebol do Brasil, questionou algumas decisões da arbitragem na derrota para a França, atual bicampeã olímpica, por 34 a 27, nesta quarta-feira, e que causou a eliminação nas quartas de final dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

Para o jogador, o Brasil conseguiu enfrentar de igual para igual grandes potências da modalidade, não só a França. Uma prova disso foi à vitória sobre os alemães, atuais campeões europeus, na fase de grupos do torneio olímpico.

“Deu para enfrentar a França. Deu também contra a Alemanha. Mas hoje no final do jogo algumas decisões nossas foram precipitadas e algumas decisões arbitrais também não favoreceram. A camisa da França pesou por esse lado. Quem esteve no Mundial do Catar viu que a gente tem que jogar muito bem e esquecer o árbitro. Ficou claro que em bolas que nós tomamos dois minutos em outros jogos, hoje fizeram vista grossa. É coisa do jogo”, afirmou o goleiro.

No ano passado, o Brasil foi eliminado nas oitavas de final do Mundial disputado no Catar pela Croácia, após derrota por 26 a 25, em jogo com arbitragem muito contestada. Mas, para César, resultados como o de 2015 e o desempenho apresentado pelo Brasil nos Jogos Olímpicos colocam o handebol do país em outro patamar. E isso deve estar na mentalidade dos jogadores no futuro.

“Acho que tem que mudar sim, mudar um pouco nossa cabeça nesse ponto. A gente está um ponto acima agora, mas temos que entrar com a mesma disposição. Ninguém vai entregar bolas para nós. Árbitro não vai, mesário não vai. A gente tem que se jogar de cabeça. Depois do último Mundial, os franceses entraram com outra cara aqui, já nos respeitando mais”, disse o atleta após a derrota.

Além disso, César disse esperar que o legado olímpico vá além das estruturas montadas para o Rio 2016 e promovam de fato um desenvolvimento do esporte, não só do handebol, em todo o país.

“A palavra legado é bacana. Todos falaram dela aqui nas Olimpíadas e eu espero que o legado não seja não só na parte estrutural da cidade do Rio de Janeiro, mas do esporte no Brasil. Ficou provado que o brasileiro pode em todos os esportes. Ficou provado com o cara do salto, com o cara do boxe, que ninguém conhecia”, disse o jogador, citando as medalhas de ouro conquistadas por Thiago Braz, no salto com vara, e por Robson Conceição, no boxe.

“A gente mesmo, que ninguém contava que passaria para a segunda fase. Ainda mais do jeito que a gente passou, como um pouco de Robin Hood, ganhamos dos grandes e perdemos dos pequenos. Ninguém esperava que fôssemos ganhar da Alemanha e ninguém esperava que a gente fosse perder da Eslovênia. Temos que manter esse foco e torcer para que o legado fique”, concluiu o jogador.

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