Google coloca cores da bandeira gay em “doodle” dedicado aos Jogos de Sochi

  • Por Agencia EFE
  • 07/02/2014 01h42

Com as cores da bandeira gay Reprodução Com as cores da bandeira gay

O Google demonstrou nesta quinta-feira seu apoio à comunidade gay com um “doodle” com as cores do arco-íris dedicado aos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi, na Rússia, um país questionado por suas leis contra os homossexuais.

O “doodle”, o tradicional símbolo da empresa que aparece na página de inicial de seu buscador na internet, possuiu os desenhos dos esportes olímpicos de inverno sobre um fundo que reproduz as cores do arco-íris, que representam a comunidade gay.

Além disso, a empresa reproduz um dos trechos dos princípios da Carta Olímpica: “a prática esportiva é um direito humano. Todas as pessoas devem ter a possibilidade de praticar esporte sem qualquer tipo de discriminação e conforme o ideal olímpico, que exige compreensão mútua e um espírito de amizade, solidariedade e fair play”.

A Rússia vem sendo muito criticada recentemente pela aprovação de várias leis contra a “propaganda homossexual” e a adoção de crianças por parte de casais do mesmo sexo, o que, segundo denunciam os ativistas do movimento gay, restringe seus direitos fundamentais.

Alguns atletas expressaram que temem a discriminação durante os Jogos, enquanto vários ativistas da causa gay e dos direitos humanos convocaram um boicote à competição.

O presidente russo, Vladimir Putin, garantiu que todos os atletas e torcedores serão bem-vindos aos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi 2014, independentemente de sua orientação sexual.

Na quinta-feira, o jornal londrino “The Guardian” publicou uma carta aberta assinada por mais de 200 escritores, entre eles Günter Grass, Salman Rushdie e Jonathan Franzen, denunciando a legislação anti-gay e a difamação na Rússia, pois as considerarem um atentado contra a liberdade de expressão.

No ano passado, a Duma (Câmara dos Deputados) da Rússia aprovou uma lei que proíbe a “propaganda homossexual” entre menores de idade, o que também provocou protestos das organizações humanitárias.

Além disso, foram restabelecidas leis sobre difamação presentes no código penal.

Outros autores famosos que também assinaram a carta aberta são: Wole Soyinka, Elfriede Jelinek, Orhan Pamuk, Carol Ann Duffy, Edward Albee, Julian Barnes, Ian McEwan, Alejandro Sánchez-Aizocorbe, Carme Arenas e Charlotte Gray. 

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