Governo da Argentina pede exclusão de torcedores violentos dos estádios
O chefe de gabinete do Governo da Argentina, Aníbal Fernández, ressaltou nesta terça-feira a necessidade de tirar dos estádios os barras bravas que entraram em confronto contra a polícia ontem nos arredores de Buenos Aires, deixando 14 agentes feridos.
Fernández expressou assim a postura da presidente Cristina Kirchner a respeito do incidente, que reacendeu a preocupação pela violência no futebol argentino, ocorrido na cidade de Laferrere, na zona oeste da região metropolitana da capital do país.
O enfrentamento ocorreu quando os barras bravas do Laferrere, time da terceira divisão do país, tentaram entrar no estádio da equipe sem ingressos para a partida com o Dock Sud.
Como punição, o governo da província de Buenos Aires decidiu hoje proibir o Larrefere de jogar no estádio da cidade até o fim da temporada.
“É preciso tirar dos estádios os responsáveis pelos desmandos, que são 10 ou 15”, afirmou o chefe de gabinete da Argentina, que atualmente está de licenciado do cargo de presidente do Quilmes, da primeira divisão do país.
Fernández reivindicou aos clubes que divulguem “quem são (os torcedores) proibidos de entrar nos estádios por incidentes violentos” e destacou que a restrição do acesso aos jogos é a única medida que deu resultado no resto do mundo.
Segundo informou a emissora “Todo Noticias”, a polícia realizou na manhã de hoje operações em lugares frequentados pela barra brava do Laferrere, apreendendo armas de fogo e munições.
No entanto, o secretário de Esportes da província de Buenos Aires, Alejandro Rodríguez, afirmou hoje em entrevista à rádio “La Red” que o esquema de segurança prévio à partida “foi bom e bem-sucedido”.
“Houve 12 policiais feridos. Todos os torcedores do Dock Sud foram protegidos devidamente, acompanhados até o local onde poderiam ir embora para casa”, defendeu o secretário.
“Quando falo de operação bem sucedida é porque pôde proteger a integridade das pessoas que compareceram ao estádio. Estamos muito chateados com isso que ocorreu aos policiais, mas se eles não estivessem lá não sabemos o que poderia ter acontecido”, acrescentou.
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