Governo e deputados de Israel tentam impedir paralisação do futebol no país

Jerusalém, 9 set (EFE).- O parlamento e o governo de Israel estão tentando impedir, até o último momento, a paralisação total do futebol no país, com direito a apresentação de projeto de lei para que os jogadores possam atuar durante o sabá, dia do descanso judaico.

A federação de futebol do país já anunciou que não haverá partida de nenhuma divisão neste fim de semana, por causa do impasse, já que qualquer atividade de trabalho está vetada aos sábados. A ideia de um grupo de deputados, de diversos partidos, é retirar a tipificação do desportista como trabalhador, embora este receba para exercer função.

No mês passado, uma juíza israelense advertiu que os jogadores de futebol estavam violando a legislação, por não terem nenhum tipo de autorização para atuar no dia do sabá. O ministro da Economia, Arieh Deri, que poderia dar este aval, contudo, é do partido ultra-ortodozo Shas e defende a observância da tradição.

Ontem, a ministra da Cultura e Esporte, Miri Regev, pediu em entrevista coletiva que todas as partes envolvidas dialoguem para acabar com o imbróglio, que se agravou depois que 240 atletas da primeira divisão do país fizeram abaixo-assinado para não jogar aos sábados.

A federação e a direção da liga de futebol de Israel já garantiram que, após a advertência judicial, não violarão a lei, por isso, todas as partidas, das divisões de base e de equipes principais, foram suspensas de forma indfinida.

A polêmica começou em agosto, quando jogadores da segunda divisão apresentaram recurso contra a decisão de federação e liga de passar os jogos da competição para sábado, em lugar de quinta e segunda-feira, como acontecia a cada rodada. A decisão atendia a interesses de patrocinadores e de emissoras de televisão. EFE