Guia do impeachment: passo a passo, como será dia decisivo no Corinthians
Roberto de Andrade corre sérios riscos de ser destituído da presidência do Corinthians
Roberto de Andrade corre sérios riscos de ser destituído da presidência do CorinthiansO Conselho Deliberativo do Corinthians vota nesta segunda-feira o requerimento de destituição do presidente Roberto de Andrade. O pedido foi entregue em 22 de novembro e conta com a assinatura de 63 conselheiros. Eles alegam que Andrade assinou ata de assembleia como presidente dois dias antes de ser eleito – o que pode configurar falsidade ideológica e consequente déficit à imagem do Corinthians.
A primeira chamada para a reunião do Conselho Deliberativo, que decidirá os rumos da política alvinegra, está marcada para as 18h (de Brasília), no Parque São Jorge – a segunda chamada será às 19h.
Presidente do conselho alvinegro, Guilherme Stranger conversou com exclusividade com o repórter André Ranieri, da Rádio Jovem Pan, e explicou como vai transcorrer o dia decisivo no Corinthians.
Entenda, passo a passo, os procedimentos da reunião desta segunda-feira:
– Feitas as duas chamadas, a reunião se inicia com a quantidade de conselheiros presentes no Parque São Jorge. O primeiro a falar será o presidente do Comitê de Ética, Sérgio Alvarenga. Durante no máximo 30 minutos, ele se manifestará a respeito do parecer elaborado pelo órgão. Contrário ao impeachment, o texto foi entregue após análise da denúncia e oitiva das testemunhas.
– Depois da fala de Alvarenga, será a vez de acusação e defesa se manifestarem. Um representante de cada parte se pronunciará para os membros do conselho.
– Em seguida, ocorrerá a votação – individual, secreta e por meio de cédulas. Os conselheiros terão de optar por “sim” ou “não” para a seguinte pergunta: “você acolhe o pedido de destituição do presidente Roberto de Andrade?“.
– Se “sim” tiver metade dos votantes mais um, Roberto de Andrade será afastado cautelarmente, e o presidente do Conselho Deliberativo terá cinco dias para convocar Assembleia Geral dos Associados. Ela é a responsável por votar o impeachment em última instância.
Se a decisão for mantida na assembleia, o presidente será destituído do cargo, e novas eleições serão convocadas. O novo mandatário assumiria o posto em um “mandato tampão”, ou seja, até fevereiro de 2018 – quando um novo pleito já ocorreria de qualquer maneira.
Entre a destituição e a realização de novas eleições (cerca de 45 dias), o cargo seria ocupado, temporariamente, pelo primeiro vice, André Luiz de Oliveira, o André Negão.
– Por sua vez, se “não” for maioria absoluta na votação desta segunda-feira, o caso se encerra, e Roberto de Andrade fica no cargo até o fim do mandato – isto, é claro, se novas denúncias não forem formalizadas até lá.
– De acordo com Guilherme Strenger, o resultado final da votação no conselho sai até no máximo as 23h desta segunda-feira.
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