Há 10 anos, árbitro ignorava pênalti, expulsava Tinga e ajudava o Corinthians
Se hoje o torcedor corintiano festeja a conquista do hexacampeonato de forma incontestável, dez anos atrás uma vitória encaminhou o tetra alvinegro de forma muito polêmica e até hoje contestada por muitos.
Manchado pelo esquema de arbitragem de Edilson Pereira de Carvalho que anulou diversas partidas naquele ano, o Brasileirão de 2005 até hoje é lembrado pelo fatídico jogo entre Corinthians e Internacional, disputado exatamente em dia 20 de novembro.
Faltando três rodadas para o fim do campeonato, o Timão, líder da competição, recebeu o vice-líder, Internacional no Pacaembu lotado. Tensa, a “final antecipada” poderia decidir a disputa. E decidiu.
Liderado por Tevez, o Corinthians, comandado por Antônio Lopes, saiu na frente justamente com gol do Argentino ainda no primeiro tempo, após cruzamento de Carlos Alberto que desviou na zaga e ficou livre para Carlitos empurrar para as redes. O Inter, dirigido por Muricy Ramalho, chegou ao empate com o jovem Rafael Sóbis, que empatou com um belo gol de fora da área aos 3 minutos do segundo tempo.
Não foi, porém, o oportunismo de Tevez ou a pintura de Rafael Sóbis que marcaram a partida. O ápice do jogo veio aos 28 minutos da segunda etapa quando Tinga recebeu enfiada de bola na área e driblou Fábio Costa. O arqueiro alvinegro chegou atrasado e cometeu pênalti no volante colorado. Seria a chance do time gaúcho virar a partida, mas o árbitro Márcio Rezende de Freitas tratou de complicar as coisas. O juiz não só deixou de marcar a penalidade como interpretou a jogada como simulação de Tinga e expulsou o jogador do Internacional.
A não marcação do pênalti manteve o jogo empatado. O 1 a 1 se manteve até o final e o Corinthians seguiu três pontos a frente do Inter. O título alvinegro veio apenas duas rodadas depois, quando o Timão encarou o Goiás no Serra Dourada.
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