Há 13 anos, o Santos revivia o mito dos “Meninos da Vila” e era campeão brasileiro

Futebol - Campeonato Brasileiro, 2002 - Final - Santos 3 x 2 Corinthinas: Robinho (esq.) e Diego, do Santos, comemoram o título, no estádio do Morumbi. (São Paulo, SP, 15.12.2002. Foto de Almeida Rocha/Folhapress. Digital) Os jovens Robinho e Diego foram os destaques da campanha do Santos no título brasileiro de 2002

O Santos sempre foi conhecido por ser um time que revela jogadores habilidosos, ofensivos e vencedores. No entanto, em 2002, fazia tempo que o “vencedores” estava de fora da realidade. Para mudar a situação, só mesmo uma geração abençoada, que reviveu os melhores momentos da história do clube e se consagrou com o título do Campeonato Brasileiro.

Aquele ano não começou bem. Eliminado de forma precoce do Torneio Rio-São Paulo, o Santos ficou quase três meses sem disputar uma partida oficial. Com isso, o técnico Emerson Leão teve tempo de botar ordem na casa e organizar a equipe em torno da habilidade de Robinho, Diego, Elano, Renato, Alex e Cia. Deu certo: a equipe ocupou o “G8” na maior parte da primeira fase.

O problema é que o time ainda era irregular, e por isso a classificação para as quartas de final foi sofrida e veio só na última rodada. No mata-mata, como tinha feito a pior campanha na primeira fase, decidiu as disputas fora de casa. Com isso, as atuações na Vila Belmiro se tornaram fundamentais. Contra o São Paulo, por exemplo, o alvinegro venceu por 3 a 1 em seu alçapão, com gols de Robinho, Diego e Alberto. Na volta, no Morumbi, nova vitória, desta vez por 2 a 1, gols de Diego e Léo.

O roteiro da semifinal foi parecido no jogo da ida: jogando em seus domínios, o Peixe foi pra cima do Grêmio e meteu um 3 a 0. Os gols foram marcados por Alberto (2) e Robinho. Dias depois, no Estádio Olímpico, a derrota por apenas 1 a 0 deu à equipe a vaga na grande final, contra outro rival paulista: o Corinthians, time de melhor campanha na primeira fase.

Jogando em casa, novamente o Santos fez valer sua força: vitória por 2 a 0, na qual Alberto e Renato marcaram. Na volta, Diego se machucou nos primeiros minutos, e coube a Robinho o protagonismo. O craque fez isso pedalando na entrada da área adversária até sofrer pênalt de Rogério. Na cobrança, ele mesmo abriu o placar diante do Morumbi lotado. Só que o Corinthians pressionava e botava o goleiro Fábio Costa para trabalhar. Ele foi vencido quando Deivid empatou aos 30 minutos do segundo tempo e, pouco depois, Anderson virou.

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Mesmo preocupado em não levar um gol que poderia por tudo a perder, o time de Leão fez o que fazia de melhor: foi ao ataque. Foi assim que Robinho arrancou pela direita, saiu da marcação e serviu Elano, que mandou para dentro. Ainda havia um ato final: depois de dançar na área adversária, o camisa 7 serviu Léo, que fez o gol do 3 a 2.

Mais do que um novo título nacional após anos sem troféus do mesmo nível, o Santos renovou a tradição dos Meninos da Vila, que voltou com Neymar e Ganso em 2010 e Gabriel e Thiago Maia em 2015.