Halloween na Seleção: saiba quais são as “bruxas” que assombram o técnico Dunga

  • Por Jovem Pan
  • 30/10/2015 21h38
Brazil's soccer team head coach Dunga arrives at a news conference at Estadio Ester Roa in Concepcion, Chile, June 26, 2015. Brazil will play against Paraguay in their Copa America quarter-finals soccer match on Saturday. REUTERS/Carlos Garcia Rawlins REUTERS/Carlos Garcia Rawlins Dunga

O Halloween, festa tradicional de países de língua inglesa comemorada nesta sexta-feira 31 de outubro, tem como principal símbolo a abóbora e as bruxas. No futebol, diz-se que “a bruxa está solta” quando diversos jogadores de um time se contundem em sequência. Na linguagem popular, a bruxa pode ser também um sinal de problemas.

Para Dunga, técnico da Seleção Brasileira, a palavra tem os dois significados: problemas no comando da equipe e lesões são coisas das quais ele tenta se desviar. Confira, abaixo, quais são as bruxas de Dunga.

Neymar lesionado

Neymar é o grande craque de sua geração e, consequentemente, da Seleção Brasileira. Caso ele venha a se contundir, prejudicará muito o trabalho de Dunga. Sem ele, suspenso, o Brasil perdeu para o Chile na estreia das Eliminatórias e venceu a Venezuela sem jogar um futebol brilhante. Uma contusão de seu camisa 10 é um dos pesadelos do treinador.

Não classificação à Copa

O Brasil participou de todas as edições da Copa do Mundo já realizadas e é o maior vencedor da história do torneio. Portanto, seria uma tragédia se a Seleção ficasse de fora de alguma disputa. Para muitos analistas, a chance de isso acontecer nunca foi tão grande. O Brasil tem uma geração inferior às anteriores em questão de qualidade e os adversários estão recheados de craque. Para Dunga, essa possibilidade pode ser tão assustador quanto o Dia das Bruxas.

Perda do cargo com mudanças na CBF

O futebol mundial vive um momento de mudança com a prisão e o afastamento de diversos dirigentes importantes da Fifa e de entidades continentais. A CBF tem passado incólume a isso, e Marco Polo Del Nero segue como seu presidente. Mas isso por enquanto. Nada garante que o cartola, que tem evitado viagens ao exterior com medo de ser preso como seu antecessor José Maria Marin, acabe se dando mal. Com a possível troca de comando, Dunga poderia não ter mais o respaldo da confederação e ficaria mais frágil diante de maus resultados. Em um esporte em que poderosos como Blatter, Marin e Platini estão se complicando, este cenário não parece impossível.

A falta de um homem gol

Ricardo Oliveira vive grande fase no Santos e demonstrou, ao anotar um gol contra a Venezuela, que pode ajudar também a Seleção Brasileira. Mas o problema é que, aos 35 anos de idade, ele não vai fazer muito mais que ajudar o time no curto prazo. Para planos futuros, como a Copa do Mundo, Dunga precisa de um centroavante de qualidade comparável e dez anos a menos. A safra não ajuda: se antes sobravam atacantes de área ao Brasil, hoje é preciso recorrer a veteranos e improvisações. Para ter sossego a médio e longo prazos, Dunga tem de encontrar outro centroavante.

A eterna cobrança pelo bom futebol

Uma das principais críticas feitas ao trabalho de Dunga como treinador é que ele não é o homem certo para levar a Seleção a jogar o bom futebol de antigamente. Pragmático, o capitão do tetra valoriza a vitória acima de tudo, e é cobrado por resultados, mas ao mesmo tempo tem de lidar com a alta exigência em relação ao modo como se ganha. Por enquanto, o Brasil não tem agradado sob seu comando, nem tem dado sinais de que pode voltar à grandeza dos tempos antigos.

O mau retrospecto em competições

Em sua segunda pela Seleção Brasileira, Dunga ostenta ótimos números em partidas amistosas. Nessas partidas, sua equipe venceu a França, os Estados Unidos, o Chile, o México e outros adversários. Na Copa América, foram duas vitórias e duas derrotas; nas Eliminatórias, uma vitória e uma derrota. Ou seja: aproveitamento de apenas 50% em jogos oficiais.

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