Hortência defende Dunga e vê lado bom em 7 a 1: “arruma casa”
Com a derrota por 7 a 1 do Brasil para a Alemanha na Copa do Mundo, o Brasil começou a dar mais atenção não só aos rumos do futebol brasileiro como ao esporte em geral. Neste sentido, Hortência a maior jogadora de basquete do País, vê o vexame na Copa como uma oportunidade para renovação no Brasil, e defende que ela seja lidera pelo técnico Dunga.
“Claro que eu não torcia para que isso acontecesse, mas às vezes é bom porque você arruma a casa. Estava na hora do Brasil parar e pensar como que vai seguir o futebol para frente. Nós temos que nos atualizar sim. Não é porque perdeu não, mas porque o mundo inteiro se atualiza. As coisas ocorrem de uma maneira tão rápida que você tem que estar atento o tempo todo. A gente tem que se empenhar, estudar e pensar: ‘como é que o nosso País joga’, ‘como queremos o nosso futebol?’. Não é querer jogar igual a Europa, é nós que vamos dizer como queremos”, explica Hortência.
Para a campeão dos Jogos Pan-Americanos de 1991 e do Mundial de 1994, Dunga é o nome ideal para dar início à essa renovação, até por já ter passado pela dor de uma eliminação de Copa e aprendido com isso, na sua opinião.
“Eu gosto do Dunga, acho que é um cara de idoneidade ímpar uma pessoa que se prega demais no trabalho. Acho que ele voltou muito mais maduro, apanhou muito na primeira vez que passou na Seleção Brasileira, rodou o mundo vendo o futebol e estou torcendo muito para que ele faça aquilo que realmente acha que tem que fazer”, afirma.
O momento é parecido com o passado na última década pelo basquete masculino brasileiro, que sofreu uma profunda renovação sob o comando do argentino Rubén Magnano. Para Hortência, o trabalho é tão bom que é possível sonhar com medalha em 2016.
“O masculino é uma das melhores equipes que eu já vi no brasil. Óbvio que tiveram outras gerações que eu não vi jogar, mas daquelas que eu vi é a melhor. Claro que há a do Oscar, que foi brilhante, maravilhoso, mas era muito sozinho. Agora temos uma grande seleção, com reservas de grande porte. Gosto muito da geração e do treinado (Magnano) e acredito muito que tem condições de disputar uma medalha na Olimpíada no Rio de Janeiro. Já o feminino está um pouco mais abaixo, não acredito que tem chances de medalha”, disse a ex-jogadora.
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