Imortal, versátil e vencedor: Zé Roberto anuncia fim de carreira “interminável”

  • Por Jovem Pan
  • 12/02/2016 10h59
Montagem/Reprodução Em mais de 20 anos de carreira

Depois de 22 anos de carreira profissional, dez clubes, duas Copas do Mundo e muitos títulos, Zé Roberto decidiu que sua rica trajetória como jogador de futebol terá um ponto final. Marcado pela dedicação e profissionalismo, o capitão palmeirense anunciou na última quinta-feira (11) que pretende pendurar as chuteiras no final de 2016, encerrando uma das mais exemplares carreiras do mundo.

Revelado na Portuguesa no início dos anos 90, quando surgiu como promissor lateral esquerdo e por muito pouco não conquistou um histórico título brasileiro em 1996 ao lado de nomes como Clemer, Rodrigo Fabri, Capitão e Alexandre Gallo. Bola de Prata naquele Brasileiro na belíssima campanha da Lusa, Zé deixou o Canindé vendido para o Real Madrid onde não conseguiu grande destaque e acabou emprestado para o Flamengo. Mesmo sem brilhar no Real, Zé ganhou a confiança de Zagallo e foi para a Copa do Mundo de 1998, na França.

A presença na Copa e o bom futebol nos meses de Flamengo levaram Zé Roberto até a Alemanha, onde fez história. Em oito anos como lateral e volante, em alguns momentos como meia, Zé defendeu três dos maiores clubes da Bundesliga: primeiro o Bayer Leverkusen, entre 98 e 2002, e posteriormente o Bayern de Munique, onde conquistou quatros títulos alemães. Por fim, após passagem no Brasil e um breve retorno ao Bayern de Munique, surgiu o Hamburgo, onde o paulista jogou por mais dois anos.

Antes de sua segunda passagem pelo futebol alemão, porém, Zé disputou a Copa do Mundo de 2006, onde chegou a marcar um belo gol na vitória da Seleção Brasileira sobre Gana nas quartas de final do mundial. Após a disputa da Copa, o desejo de voltar ao Brasil falou mais alto e, depois de ficar perto de acerto com o São Paulo, Zé acertou com o Santos, onde vestiu a camisa 10, virou meia clássico sob o comando de Vanderlei Luxemburgo, e caiu nas graças da torcida alvinegra.

Na baixada, o meia virou “Zé da Vila” e conquistou o Campeonato Paulista de 2007 antes de voltar para a Alemanha. Em 2011, já apontando para a fase final e sua carreira, veio o acerto com o Al-Gharafa, do Catar, onde atuou por um ano, antes de mais uma volta ao Brasil.

Cobiçado por muito clubes brasileiros, Zé acertou com o Grêmio, onde reencontrou Luxemburgo, não conquistou nenhum título, mas ganhou o carinho dos torcedores. Em sua última temporada no tricolor gaúcho, aos 39 anos de idade, Zé Roberto reencontrou uma velha conhecida: a lateral esquerda. Jogando como ala, o veterano surpreendeu a foi eleito o melhor lateral do Brasileiro, mostrando que ainda poderia render mesmo com idade avançada.

Veio então a proposta do Palmeiras. Contratado para ser referência em um time em reconstrução, o veterano se tornou um verdadeiro líder e um dos responsáveis pela recuperação do orgulho e da confiança palmeirense. Lateral em alguns momentos, meia e volante em outros, Zé dividiu a braçadeira de capitão com Lucas e Fernando Prass, e levantou a taça de campeão da Copa do Brasil no final de 2015.

Prestes a se aposentar, o veterano de 41 anos tem um grande objetivo que, aliás, foi um dos atrativos para que continuasse atuando por mais uma temporada: conquistar a Libertadores, título inédito em sua carreira.

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