Imprensa estrangeira minimiza jogo do Brasil e destaca final da Copa

  • Por Agência Brasil
  • 12/07/2014 15h04
AFP Argentina e Alemanha se reencontram na final do Mundial pela terceira vez

Apesar do jogo de hoje (12) entre Brasil e Holanda para definição do terceiro lugar da Copa do Mundo, é a partida de amanhã (13), entre Alemanha e Argentina pela final, que domina as manchetes dos principais jornais do mundo.

No argentino Clarín, as reportagens tratam desde o desembarque de torcedores argentinos no Rio de Janeiro às vésperas da partida, até as declarações de autoridades alemãs sobre as expectativas para o jogo. A declaração da chanceler Angela Merkel abre uma das principais reportagens do periódico: “Não subestime a Argentina, mas eu aposto em uma vitória”.

O diário ainda destaca as avaliações prudentes do técnico alemão Joachim Low, que descartou que sua seleção seja a favorita na partida de amanhã. Segundo Low, “quando [os argentinos] entram em campo, têm fogo nos olhos”. Nas páginas do também argentino La Nación, a pequena referência ao jogo de hoje classifica a partida como disputa “pela honra e para minimizar a dor”. O La Nación também destaca a “invasão” argentina no Rio de Janeiro e a preferência de grande parte da torcida canarinho, que declarou torcida para a Alemanha.

Apesar de a imprensa argentina destacar a cautela dos alemães nas análises sobre o jogo, alguns jornais alemães têm dando um tom mais alegre à expectativa sobre a final, com brincadeiras feitas pela torcida germânica sobre o jogo, envolvendo, por exemplo, o papa Francisco.

Na linha mais clássica, o periódico Der Spiegel destaca o desempenho do craque argentino Lionel Messi e a escolha do árbitro italiano Nicola Rizzoli para a final entre Argentina e Alemanha no Estádio do Maracanã. Rizzoli apitou dois jogos da Argentina durante a Copa e comandou, no ano passado, a final da Liga dos Campeões, quando o Bayern de Munique venceu a Borussia Dortmund por 2 x 1.

O Bayern é o time do lateral alemão Philipp Lahm, um dos principais jogadores e atual capitão da atual seleção germânica. De acordo com Der Spiegel, Lahm tem motivos para estar “feliz” com a escolha da Fifa. Rizzoli prometeu para a final da Copa do Mundo um desempenho “muito bom”.

A empresa de radiodifusão da Alemanha, Deutsche Welle, que transmite programas de rádio para vários países, lembra o histórico dos Mundiais definidos entre Alemanha e Argentina. Esta será a terceira vez que as duas seleções definem a Copa do Mundo. Sobre a expectativa com a partida, a empresa descreve: “E quando a Nationalelf e a Alviceleste entrarem em campo, neste domingo, no Maracanã, será uma repetição das duas decisões anteriores [entre os dois times]: a genialidade de um craque contra a força da coletividade disciplinada”, destaca a matéria.

A torcida brasileira pela vitória da Alemanha também é destaque da imprensa germânica. Mesmo com a derrota de 7 x 1 que tirou o Brasil da final, a classificação dos hermanos na última quarta-feira (9) acabou transformando a hashtag #SomosTodosAlemanha “febre nas redes sociais e escancarou a preferência nacional”, descreve a reportagem da Deutsche Welle.

Sobre o jogo de hoje, a imprensa alemã reforça as declarações do técnico holandês, Louis van Gaal, de que a disputa pelo terceiro lugar nunca deveria ser jogada em uma Copa do Mundo.

O holandês Telegraaf também deu o maior destaque na edição digital de hoje à final da Copa, mas, no lugar de tratar das expectativas em torno da partida, a reportagem aborda o esquema de segurança montado no Rio de Janeiro, com mais de 26 mil agentes de segurança pública. “É a maior operação de segurança na cidade”, destacam. O periódico também revela a previsão de chegada de mais de 100 mil argentinos à capital fluminense.

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