Irlandês renuncia temporariamente a cargos olímpicos e permanece internado

  • Por EFE
  • 18/08/2016 08h24
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Patrick Hickey é presidente do Comitê Olímpico Irlandês e acusado de envolvimento em esquema de cambismo

EFE Patrick Hickey é presidente do Comitê Olímpico Irlandês e acusado de envolvimento em esquema de cambismo

Detido na manhã desta quarta-feira, o membro irlandês do COI Patrick Hickey “renunciou temporariamente” a seus cargos no movimento olímpico “até que tudo se resolva” sobre seu suposto envolvimento em uma trama de venda ilegal de entradas dos Jogos de Rio, informou o comitê olímpico de seu país.

“À luz dos eventos desta manhã e de sua doença, Patrick Hickey tomou a decisão de renunciar temporariamente como presidente do Conselho Olímpico Irlandês e ao resto de suas funções olímpicas (membro do COI, presidente dos Comitês Olímpicos Europeus e vice-presidente da Associação de Comitês Olímpicos Nacionais) até que este assunto esteja completamente resolvido”, disse a organização irlandesa em comunicado.

Segundo a nota, Hickey continuará cooperando e ajudando na investigação em curso sobre a venda ilegal de ingressos nos Jogos Olímpicos.

O Comitê Olímpico Brasileiro, por sua vez, divulgou outro comunicado, no qual informa que o membro do COI ficará internado no Hospital Samaritano por mais 24h para uma reavaliação da dor no tórax da qual sofre, já que tem antecedentes de problemas cardíacos.

O irlandês foi detido na manhã desta quarta-feira no hotel em que está hospedado no Rio de Janeiro e passou mal, sendo levado para o hospital.

Segundo a Polícia Civil, sob comando de Hickey o Comitê Olímpico da Irlanda contratou a empresa Pro 10 para vender ingressos no Brasil, e eles foram repassados à empresa THG, cujo diretor, Kevin James Mallon, foi preso no dia 5 de agosto em um hotel. Com ele, foram encontrados aproximadamente mil entradas para os Jogos.

A THG é controlada atualmente pelo empresário inglês Marcus Evans, de paradeiro desconhecido e cuja prisão foi solicitada nesta semana, assim como a de outros três diretores da mesma sociedade. A empresa, de acordo com a Polícia, vendia ingressos com preços até cinco vezes acima do normal, e o esquema poderia dar lucros superiores a US$ 3,5 milhões a seus operadores.

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