Jamaica vence no 4x100m e Bolt faz história com mais um tricampeonato olímpico

  • Por Estadão Conteúdo
  • 20/08/2016 09h36
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. Rio De Janeiro (Brazil), 19/08/2016.- (L-R) Nickel Ashmeade, Usain Bolt, and Asafa Powell of Jamaica celebrate after winning the men's 4x100m relay final of the Rio 2016 Olympic Games Athletics, Track and Field events at the Olympic Stadium in Rio de Janeiro, Brazil, 19 August 2016. (Atletismo, Brasil) EFE/EPA/BERND THISSEN EFE/EPA/BERND THISSEN Usain Bolt e Asafa Powell celebram vitória no 4 x 100 masculino na Rio-2016

O maior velocista que o mundo já viu se despediu dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro da forma que sempre sonhou: eternizado. Depois de defender os títulos nos 100 metros e dos 200 metros, o jamaicano Usain Bolt sagrou-se tricampeão com a Jamaica no revezamento 4x100m nesta sexta-feira, no Engenhão, e conquistou a sua nona medalha de ouro olímpica. É o primeiro atleta da história a atingir tal feito.

Com a nona dourada, Bolt iguala a marca histórica de Paavo Nurmi, o Finlandês Voador, que é considerado o atleta mais bem-sucedido no atletismo nos 120 anos da era moderna dos Jogos. A antecessor ganhou 12 medalhas olímpicas – nove ouros e três pratas – em provas de longa distância. Além disso, o jamaicano ficou em pé de igualdade com o Carl Lewis. O americano também foi ao lugar mais alto do pódio nove vezes, mas quatro foram pelo salto em distância, entre 1984 e 1996.

Para a final do revezamento, a Jamaica contou com o reforço de Usain Bolt e Yohan Blake, que não disputaram as eliminatórias. Mas não foi só a equipe da ilha do Caribe que entrou mais forte na final. Os Estados Unidos escalaram Mike Rodgers, Justin Gatlin, Tyson Gay e Trayvon Bromell, que acabaram surpreendidos pelos japoneses. A estratégia não deu certo porque a equipe foi desclassificada ao fim da prova, por invadir a raia jamaicana no último trecho do revezamento.

Com o tempo 37s27, a equipe jamaicana faturou a medalha de ouro. O Japão (37s60) surpreendeu ao faturar a prata, com 37s62. Já o Canadá herdou um lugar no pódio, com a desclassificação americana. Com a marca de 37s64, a equipe de Andre de Grasse, prata nos 200 metros, faturou o bronze.

O Brasil – formado por Ricardo de Souza, Vitor Hugo dos Santos, Bruno de Barros e Jorge Vides – cruzou a linha de chegada em oitavo e último lugar, com 38s41. Mas ficou em sexto na classificação final, graças às desclassificações dos EUA e da equipe de Trinidad e Tobago.

Concorrência

Pela primeira vez na Olimpíada, Bolt não foi o mais aplaudido ao entrar no estádio para uma prova. A presença da equipe brasileira no revezamento roubou a preferência do público, como era de se esperar. Isso se repetiu quando os times foram anunciados na raia quatro e o Brasil, na dois. No fim da prova, ele olhou de lado para conferir o tempo, mas não sorriu. De novo, mostrou o rosto tenso.

Bolt é uma estrela individual, mas sabe jogar em equipe. Logo após a chegada, ele foi imediatamente para a arquibancada, mas fez questão de voltar e cumprimentar inicialmente Asafa Powell e depois os outros companheiros. Só começou a festa quando chegaram os quatro jamaicanos. Aí, foi tudo feito pelos quatro, até a dancinha de comemoração, em conjunto. A torcida brasileira se rendeu, nem lamentou a performance brasileira, e saudou não apenas um, mas todos os jamaicanos campeões.

Na eliminatória, a Jamaica tinha ficado devendo. O quarteto, formado por Jevaughn Minzie, Asafa Powell, Nickel Ashmeade e Kemar Bailey-Cole, foi superado pelos japoneses na segunda bateria e terminou em 5º lugar geral, com o tempo 37s94. Mesmo sem Justin Gatlin, a equipe dos Estados Unidos havia sido a mais rápida (37s65). O Brasil também havia avançado com a última posição.

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