Jeffrey Webb depõe e se diz inocente em escândalo de corrupção na Fifa
Nova York, 18 jul (EFE).- Único dirigente da Fifa preso na Suíça que aceitou ser extraditado para os Estados Unidos até agora, o ex-vice-presidente da entidade Jeffrey Webb depôs em um tribunal federal de Brooklyn (EUA) neste sábado e garantiu ser inocente no escândalo de corrupção do organismo.
O acusado, de 50 anos e procedente das Ilhas Cayman, foi detido em 27 de maio em Zurique com 17 acusações, entre elas conspiração de crime organizado, fraude e lavagem de dinheiro, e como peça de uma trama de corrupção que incluía ter aceito subornos e comissões de mais de US$ 100 milhões desde os anos 90.
Após o depoimento, o dirigente pagou uma fiança de US$ 10 milhões e permanecerá em liberdade vigiada. O pagamento foi feito graças a ativos imobiliários, carros e joias seus e de sua família, segundo o jornal “The New York Times”.
No entanto, Webb teve que entregar seus passaportes, ficará em prisão domiciliar em Nova York e deverá carregar um dispositivo eletrônico para que as autoridades saibam o tempo todo onde está.
Além de vice-presidente da Fifa, ele era vice-presidente da Concacaf e fazia parte do comitê executivo do Comitê Normalizador da União Caribenha de Futebol (CFU), além de presidir a Federação de Futebol das Ilhas Cayman (Cifa).
Foi o segundo depoimento de um acusado no escândalo da Fifa em dois dias. Nesta sexta-feira, o presidente da Traffic Sports EUA, Aaron Davidson, único entre os envolvidos que está preso em território americano. Ele teria subornado Webb em US$ 7 milhões para conseguir os direitos de transmissão de torneios. EFE
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