Jogos beneficentes de Messi estão sob suspeita por lavagem de dinheiro
A unidade da Guarda Civil espanhola que combate crimes de lavagem de dinheiro está investigando partidas beneficentes que tem como maior atração o argentino Lionel Messi, informou neste domingo o jornal espanhol El Pais.
As suspeitas da unidade policial recaem sobre cinco transferências bancárias que somadas atingem 1 milhão de euros (R$ 3,06 milhões), feitas por organizadores dos jogos, aponta a publicação.
Nos comprovantes destas remessas aparece como destinatário a empresa “G. Marín-Messi”, que tem como sede Curaçao, nação autônoma localizada nas Antilhas Holandesas, no sudeste do Caribe.
O El País detalha que Guillermo Marín é amigo pessoal do craque do Barcelona, e responsável por gerir os jogos benéficos. Em depoimento como testemunha à Guarda Civil, Lionel Messi e o pai, Jorge Horacio, reconheceram a ligação com Marín.
“É um empresário argentino que conheço desde 2006 e que organiza jogos da minha fundação”, disse o jogador, conforme revela o jornal espanhol.
Ainda de acordo com o El País, as informações e depoimentos apontam que o contato do terceiro envolvido na organização das partidas seria o pai do jogador. Jorge Horacio e Lionel Messi, no entanto, garantem que não obtiveram qualquer lucro nestes eventos.
“O advogado da empresa Total Conciertos (que organizou jogo beneficente na Colômbia) entregou a Guarda Civil cinco comprovantes de transferências bancárias, que apontam que Messi e outros jogadores cobraram dinheiro pelo evento”, aponta a publicação.
O representante da empresa ainda entregou um sexto documento, que revela pagamento de quase 75 mil euros à ITS Viajes S.A., relacionada as passagens e hospedagens de atletas que participaram de partida, entre eles companheiros de Messi no Barcelona, como Daniel Alves, Javier Mascherano.
Os atletas garantiram que não receberam dinheiro para participar do jogo, mas admitiram que tiveram passagens e hospedagem pagas.
As partidas investigadas foram disputadas entre 2012 e 2013, e aconteceram no México, Colômbia, Peru e Estados Unidos. A investigação foi iniciada a partida do inquérito aberto pela Agência Tributária da Espanha contra Messi, por sonegação fiscal.
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