Brasil cai diante dos EUA por placar mínimo e fica com medalha de prata em final de futebol feminino

É a terceira vez que brasileiras perdem para norte-americanas em uma final olímpica; mesmo panorama foi visto em Atenas-2004 e Pequim-2008

  • Por Jovem Pan
  • 10/08/2024 14h27 - Atualizado em 10/08/2024 14h28
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ANDRÉ DURÃOO/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO Mallory Swanson, dos Estados Unidos, comemora após marcar seu gol sobre o Brasil durante partida valendo a medalha de ouro do futebol feminino disputada no Parc des Princes, em Paris, na França, durante os Jogos Olímpicos de Verão, neste sábado, 10 de agosto de 2024. Mallory Swanson, dos Estados Unidos, comemora após marcar seu gol sobre o Brasil

A seleção brasileira feminina de futebol perdeu, neste sábado (10), a decisão da medalha de ouro para os Estados Unidos, nos Jogos Olímpicos de Paris, por 1 a 0. Atuando no Parque dos Príncipes, a equipe do técnico Arthur Elias teve grandes oportunidades para sair de campo com o título, mas desperdiçou uma série de lances claros de gol e viu as norte-americanas anotarem uma única vez para subir no lugar mais alto do pódio. Independentemente do resultado da final olímpica, a seleção brasileira já teria muito o que comemorar. O resultado inesperado fortalece o futebol feminino no país e traz a motivação necessária para a construção de um time e de uma energia positiva para a Copa do Mundo de 2027, que terá o Brasil como sede.

É a terceira vez que o Brasil perde para os Estados Unidos uma final olímpica. O mesmo panorama foi visto em Atenas-2004 e Pequim-2008. A partida na capital francesa também pode ter colocado um ponto final da carreira de Marta junto à seleção brasileira e em torneios olímpicos. A maior estrela do país na modalidade está com 38 anos. Logo no primeiro minuto de jogo, Ludmila desperdiçou uma grande chance brasileira ao ficar frente a frente com a goleira dos EUA. Pouco tempo depois, foi a vez de Jheniffer perder o tempo da bola e furar em lance claro na área. Os Estados Unidos passaram a ficar mais com a bola e deixaram o Brasil preso ao campo de defesa, tentando explorar algum contragolpe.

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O Brasil foi muito superior aos Estados Unidos ao longo do primeiro tempo. Uma imposição técnica que já assistimos em outras finais olímpicas diante das norte-americanas. O grande pecado foi não ir para o intervalo com ao menos um gol de vantagem. Chances não faltaram, mas a precipitação e a falta de um pouco mais de capricho impediam o zero de sair do placar na capital francesa. No início da segunda parte, a seleção brasileira mudou um pouco seu estilo, preferindo ficar mais tempo com a posse de bola e articulando de forma mais paciente as jogadas. Essa alteração prejudicou a fluidez do jogo brasileiro. Não demorou para a consequência bater à porta, com os EUA usando a principal arma do Brasil durante o primeiro tempo. Swanson arrancou em velocidade pela esquerda, invadiu a área e marcou o gol para os Estados Unidos, aos 11 minutos.

Com o placar adverso, Arthur Elias promoveu alterações. Marta entrou em campo, e Ludmila, que fora a melhor atleta na final, deixou o gramado. A ansiedade contribuiu para o desequilíbrio entre defesa e ataque do Brasil. Os Estados Unidos ficaram próximos de ampliar o placar. Problemas físicos foram sentidos pelas atletas brasileiras, casos de Vitória Yaya e Tarciane. No restante do duelo, o Brasil persistiu na luta pelo gol de empate, sem sucesso, ficando amarrado pela estratégia conservadora montada pelos EUA.

*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Marcelo Bamonte

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