José Roberto Guimarães quer voltar ao futebol e teme pressão nas Olimpíadas

  • Por Jovem Pan
  • 30/04/2015 14h18
Jovem Pan José Roberto Guimarães foi o convidado do Esporte em Discussão

Único brasileiro tricampeão olímpico, José Roberto Guimarães foi o convidado do Esporte em Discussão desta quinta-feira (30). O técnico da Seleção Brasileira feminina de vôlei comentou sobre um possível regresso ao futebol, insegurança dos estádios, palpite para a final do Campeonato Paulista e as expectativas e o planejamento para os Jogos do Rio 2016.

Gerente de futebol do Corinthians entre 97 e 2000, José Roberto destacou que gostaria de voltar ao futebol, mas não como treinador. “Eu nunca descartei a volta. Acho que é uma possibilidade, mas não aceitaria ser treinador. Eu comecei no futebol, tive pessoas ligadas a minha família que foram jogadores, mas acho que teria que ter estudado muito e ter bons profissionais ao meu lado”, revelou.

Ainda dentro das quatro linhas, José Roberto explicou o que deve ser feito para que o público do futebol volte a ser fiel: “precisamos de mais segurança. Eu tenho um neto de cinco anos, que canta o hino do Palmeiras inteiro, mas tenho pavor de levá-lo ao estádio. Enquanto não moralizarmos o futebol, não vamos conseguir fazer a torcida voltar”.

Mesmo sendo torcedor do São Paulo, ele arriscou palpite sobre a final do Paulistão, entre Santos e Palmeiras, no próximo domingo. “1 a 0 não é um placar que se possa dizer que ganhou o campeonato. A Vila [Belmiro] é uma atmosfera diferente para se jogar futebol. O Santos joga diferente lá. Acho que o placar está aberto, mas sinto dizer que acho que o Santos tem grandes possibilidades de ganhar o jogo”, disse.

Rio 2016

Jogar uma grande competição em casa não é fácil, a questão emocional, por exemplo, pode atrapalhar o grupo. José Roberto conta que esteve nos estádios na Copa do Mundo para entender a atmosfera de pressão, que provavelmente irá enfrentar nas próximas Olimpíadas. “Acho que a pressão na minha modalidade será enorme em função das nossas duas medalhas olímpicas ganhadas. Estamos nos preparando para isso e faremos toda uma logística para que este quesito não influencie no jogo”, afirmou.

O treinador descarta que os Jogos façam do Brasil uma potência olímpica consolidada, mas aposta que trarão um legado ao País: “não vamos nos tornar uma potência olímpica, vamos demorar de 15 a 20 anos. Porém, nossas crianças assistirem aos melhores atletas do mundo em ação implicará uma paixão de adolescente que pode vir a ser um grande atleta”.

Ouro em Barcelona, José acredita que os brasileiros podem fazer um torneio melhor que o dos espanhóis, na opinião dele, “o melhor de todos”. Esbanjando confiança, José Roberto aposta no sucesso: “a expectativa é muito grande, as coisas vão estar prontas, menos a limpeza da Baía de Guanabara. Vamos organizar as melhores Olimpíadas da era moderna”.

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