Juiz boliviano ordena prisão de tesoureiro da Conmebol acusado de fraude

  • Por Agencia EFE
  • 21/07/2015 22h27

La Paz, 21 jul (EFE).- Um juiz boliviano determinou nesta terça-feira a prisão do presidente da Federação Boliviana de Futebol (FBF) e tesoureiro da Conmebol, Carlos Chávez, acusado de fraude relacionada com a arrecadação do dinheiro recebido pela venda de ingressos para o amistoso entre Bolívia e Brasil, disputado em 6 de abril de 2013.

O procurador-geral da Bolívia, Ramiro Guerrero, disse em comunicado que o juiz Roberto Valdivieso determinou a prisão preventiva de Chávez na penitenciária de Palmasola, na cidade de Santa Cruz, no leste do país.

O juiz também ordenou a prisão domiciliar, com escolta policial, para o secretário-executivo da FBF e braço direito de Chávez, Alberto Lozada, que, além disso, deve pagar uma fiança equivalente a cerca de US$ 21.550.

O ex-treinador da seleção boliviana, o espanhol Xabier Azkargorta, compareceu hoje no tribunal como testemunha de Lozada.

“Eu só falei de futebol. Não tenho nada para falar de trâmites econômicos porque eu era treinador. Fui perguntado se era amigo de Chávez e Lozada. Chávez era meu Presidente e tenho uma amizade com Lozada há muito tempo”, disse Azkargorta.

Segundo Guerrero, o juiz considerou a fundamentação dos promotores para concluir que a arrecadação econômica do amistoso entre Bolívia e Brasil deveria ser destinada à família de Kevin Espada, um torcedor 14 anos que morreu durante a partida entre Corinthians e San José, em Oruro, na edição de 2013 da Taça Libertadores da América.

O adolescente morreu ao ser atingido no rosto por um sinalizador lançado pela torcida organizada do Corinthians.

O promotor Ivan Montellano, responsável pelo caso, disse que o dinheiro desse jogo foi utilizado para pagar funcionários da FBF, mas, “na realidade, o Brasil jogou de graça para ajudar a família de Kevin. No entanto, Carlos Chávez e outros dirigentes abusaram dessa boa vontade e das pessoas que pagaram seus ingressos”.

O promotor acrescentou que existem cheques emitidos para Lozada e seu filho, “sem nenhuma justificativa”. EFE

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