Juiz paraguaio ordena prisão domiciliar de Nicolás Leoz
Assunção, 1 jun (EFE).- O juiz paraguaio Humberto Otazu ordenou nesta segunda-feira a prisão domiciliar do ex-presidente da Conmebol Nicolás Leoz, de 86 anos, internado em uma clínica de Assunção desde a última quarta-feira, mesmo dia em que foram presos na Suíça sete dirigentes da Fifa acusados de corrupção.
Otazu informou que Leoz está sob custódia policial e será levado para casa nas próximas horas. O juiz foi ao local para verificar o estado de saúde do dirigente, internado há seis dias após sofrer uma crise de hipertensão no Sanatório Migone, propriedade de seu grupo empresarial.
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos solicitou a prisão preventiva e a abertura de um processo de extradição de Leoz, um dos dirigentes envolvidos em um esquema de corrupção que envolve várias federações com influência na Fifa.
O Código Penal do Paraguai não permite a prisão de idosos de 70 anos ou mais, assim como os afetados por doença grave ou terminal devidamente comprovada. Por isso, o juiz decretou a prisão domiciliar do ex-presidente da Conmebol.
Depois do pedido da Justiça americana, a defesa de Leoz apresentou na sexta-feira um relatório médico que indica que, além da hipertensão, o dirigente sofre de uma “doença coronária valvular aórtica e insuficiência renal crônica”.
A promotoria de Nova York solicitou a prisão provisória com fins de extradição de Leoz, acusado de “conspiração para concordar intencionalmente, dirigir ou participar de atividades de crime organizado, relacionado com fraude financeira”.
Ele também está sendo investigado por “conceber um plano ou projeto para roubar usando meios de comunicação” e “dirigir ou tentar dirigir uma transação final que envolve os lucros de uma atividade ilícita”. EFE
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