Justiça americana dá mais prazo para Marin e outros dirigentes se defenderem

  • Por Agência EFE
  • 13/04/2016 19h21

Ex-presidente da CBF EFE José Maria Marin

O julgamento de José Maria Marin e outros dirigentes ligados ao escândalo de corrupção da Fifa, terão que participar de nova audiência nos Estados Unidos, em 3 de agosto, antes de que seja marcada a data do julgamento, conforme decidiu o nesta quarta-feira juiz federal Raymond Dearie.

Hoje, o ex-presidente da CBF e mais sete acusados foram juntos a um tribunal localizado em Nova York, onde corre o processo, para solicitar mais tempo para preparar a defesa. A promotoria, por sua vez, pediu que o início formal do julgamento seja marcado para fevereiro do ano que vem.

Além de Marin, estiveram na audiência de hoje o venezuelano Rafael Esquivel, o costarriquenho Eduardo Li, os guatemaltecos Héctor Trujillo e Bryan Jiménez, o grego Costas Takkas, que foi diretor da Concacaf, além de advogados do ex-presidente da Conmebol, Juan Ángel Napout e do empresário Aaron Davidson.

Todos os citados estão em liberdade condicional e sob vigilância eletrônica, estando acusados desde lavagem de dinheiro, abuso de poder, fraude em transferências financeiras e conspiração, entre outros crimes.

Os advogados pediram mais tempo para analisar as milhões de páginas de documentos, organizados “durante vários anos de investigação”, enquanto a promotoria quer iniciar o julgamento em 27 de fevereiro do próximo ano, em calendário que considerou “agressivo, mas alcançável”.

A audiência de hoje durou cerca de meia hora, e terminou com o juiz garantindo que, nos próximos dias, definirá a data exata do início formal do julgamento dos acusados.

A promotoria admitiu hoje que ainda receberá mais evidências antes de 30 de junho, que é o prazo que tem para concluir a acusação. Além disso, o órgão ainda aguarda a extradição de outros nove acusados, que viriam de Paraguai, Argentina, Peru, El Salvador, Trinidad e Suíça.

Alguns dirigentes, como o hondurenho Alfredo Hawitt, ex-presidente da Concacaf, e o compatriota Rafael Ruelas, ex-mandatário do país da América Central, já se declararam culpados de algumas acusações apresentadas.

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