Justiça britânica rejeita apelação contra sentença que exonera Ecclestone
O Tribunal de Apelações de Londres rejeitou nesta quarta-feira um recurso apresentado pelo grupo de comunicação alemão Constantin Intermedeiem contra uma sentença que livrou o chefe da Fórmula 1, Bernie Ecclestone, de um suposto caso de corrupção.
O juiz instrutor, Nicholas Patten, considerou após analisar os argumentos que a defesa do grupo “não tem possibilidades reais de sucesso” para levar o processo adiante.
Em fevereiro, o magistrado do Tribunal Superior de Londres, Guy Newey, sentenciou em favor de Ecclestone, que foi processado pelo Constantin Intermedeiem por cometer um suposto delito de corrupção para se manter em uma posição de influência nos negócios da F-1. A empresa alemã alegava perdas econômicas devido à suposta trama.
Concretamente, o principal responsável pela competição automobilística tinha sido acusado de entrar em um “acordo corrupto” com o banqueiro alemão Gerhard Gribkowsky, ex-diretor do banco público bávaro BayernLB, para facilitar a venda de participações na Fórmula 1 a um comprador próximo a seus interesses.
Patten afirmou nesta quarta que Newey, em vista das provas apresentadas, acertou ao rejeitar as acusações apresentadas pelo Constantin Intermedeiem, que pleiteava também uma indenização de 80 milhões de libras (R$ 321,7 milhões).
Durante o primeiro julgamento, que aconteceu entre outubro e dezembro do ano passado, Ecclestone reiterou que a tese do grupo alemão carecia de fundamento, ao mesmo tempo em que negou ter participado de qualquer conspiração.
Em julho, a procuradoria de Munique acusou o magnata britânico formalmente de suborno pelo suposto pagamento de US$ 44 milhões a Gribkowsky. Segundo a procuradoria, Ecclestone acertou um suborno com o banqueiro durante o processo de venda das participações que a entidade bávara tinha nos negócios da Fórmula 1.
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