Justiça do Egito decreta prisão de 21 suspeitos após confrontos com a polícia
A Justiça do Egito ordenou nesta terça-feira a prisão formal de 21 torcedores suspeitos de participarem dos confrontos com a polícia no entorno do estádio da Força Aérea, palco do jogo entre o Zamalek e o ENPPI no último domingo, que provocaram a morte de mais de 20 pessoas.
Eles já tinham sido detidos provisoriamente pelas autoridades no mesmo dia dos enfrentamentos. Uma fonte judicial informou à Agência Efe que o grupo é acusado de causar os distúrbios e incitar a violência contra as forças de segurança.
As prisões formais ocorrem enquanto continuam as investigações sobre o incidente, conduzidas em conjunto pela polícia e os serviços de inteligência do país, acrescentou a fonte.
O Ministério da Saúde do Egito informou a morte de 19 pessoas em decorrência dos confrontos, mas há divergência sobre o número total de vítimas. A Procuradoria Geral afirma que são 22 os mortos.
Segundo o Ministério do Interior, a polícia foi obrigada a intervir para evitar danos em propriedades públicas. Os torcedores teriam começado a queimar veículos e tentaram invadir o estádio sem ingressos.
Por outro lado, a torcida Cavalheiros Brancos, como são conhecidos os ultras do Zamalek, denunciou que as autoridades cercaram os acessos ao estádio com alambrados e lançaram gás lacrimogêneo para afastar o grupo, causando desmaios e asfixia entre os torcedores.
Por causa das diferentes versões, o presidente Abdul Fatah al Sisi exigiu uma investigação profunda sobre o que de fato ocorreu no entorno do estádio da Força Áerea.
Não é a primeira vez que confrontos semelhantes são registrados no Egito. O incidente de domingo é o mais grave desde o dia 1º de fevereiro de 2012, quando 74 pessoas morreram e 254 ficaram feridas em uma briga de torcedores do Port Said e do Al Ahly.
A Federação de Futebol do Egito decidiu ontem interromper a realização do campeonato local devido aos enfrentamentos.
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