Justiça facilita acordo entre Barcelona e Promotoria em caso Neymar

Joan Laporta já foi presidente do Barcelona e agora tenta voltar ao cargo

A Justiça de Barcelona impediu que o ex-presidente do clube Joan Laporta se apresente como parte da acusação no processo aberto pela contratação de Neymar, o que dá sinal verde para o pacto firmado entre a diretoria e a Procuradoria.

Em sentença divulgada nesta terça-feira, a Audiência de Barcelona confirmou a decisão do juiz de instrução que negou o recurso apresentado por Laporta e por um grupo de sócios do clube, que pretendiam atuar como partes prejudicadas no caso e, dessa forma, impedir o pacto firmado entre o Barcelona, a Procuradoria e a Advocacia-Geral da Espanha.

O Barcelona chegou a um acordo, ainda pendente de ratificação, no qual reconhece ter cometido dois crimes fiscais em 2011 e 2013 na contratação de Neymar. Além disso, o clube se compromete a pagar uma multa de 5,5 milhões de euros para que o ex-presidente Sandro Rosell e o atual, Josep Maria Bartomeu, sejam inocentados das acusações.

Laporta enviou recurso ao tribunal em junho, mostrando a intenção de se apresentar no processo como parte prejudicada. Com a confirmação da decisão do juiz de instrução por parte da Audiência de Barcelona, a tentativa do ex-presidente foi frustrada.

“Em nenhum caso podemos aceitar que possam ser vítimas (nem prejudicados ou ofendidos) um grupo de sócios do Barcelona”, disse a Audiência de Barcelona na sentença divulgada nesta terça.

Além disso, os juízes reprovaram Laporta e os sócios que apoiaram o recurso por quererem “utilizar um processo penal para criticar e desautorizar a gestão realizada por determinadas pessoas nos últimos anos”. Nesse sentido, a sentença lembra que “existem outras vias e instrumentos para expressar críticas, sem que o processo penal seja o mais adequado, mais ainda quando se trata de crimes fiscais”.