Kaká analisa o futebol nos EUA e não vê problema em Seleção depender de Neymar

  • Por Jovem Pan
  • 09/08/2015 17h00
Reprodução/Site do Orlando City Kaká repetiu a jogada que o consagrou em sua primeira passagem pelo Milan

Hoje um veterano, Kaká escolheu os Estados Unidos para dar sequência à carreira como jogador. Apesar de o futebol ainda não estar entre os esportes mais populares dos “States”, o meia brasileiro revelou ter se surpreendido com a média de público de seu time, o Orlando City, e falou sobre o atual momento da Seleção Brasileira. Tudo isso em entrevista ao repórter Márcio Spimpolo, da Rádio Jovem Pan.

Sobre sua condição física, Kaká comemorou o bom momento. “Fisicamente eu estou bem, sem problema de lesão há muito tempo. Aqui é bom porque tem tempo de recuperar de um jogo para outro, você joga a cada cinco ou seis dias”, disse, antes de falar sobre o futebol nos EUA. “O crescimento do futebol é muito grande, a forma como a cidade abraçou o Orlando City é fantástica, temos uma média de público de 30 mil pessoas. Agora com o futebol feminino campeão do mundo e a chegada do Pirlo a tendência é aumentar ainda mais”.

Para ele, o fato de, nos Estados Unidos, o futebol não ser uma paixão nacional, como é no Brasil, não é algo negativo. “O futebol aqui é simplesmente mais um esporte. Nosso jogo é um evento, vai criança, família, idosos, torcedores. Tudo muito bem organizado, sem nenhum tipo de violência ou agressão, a torcida adversária vai ao jogo e fica junto. É só mais um jogo, só mais um esporte, só mais uma diversão. É como eles tratam o esporte aqui, de uma forma organizada, com respeito muito grande”, afirmou.

Ao falar de Seleção Brasileira, o ex-jogador de São Paulo, Milan e Real Madrid não acredita que seja um problema a chamada “Neymar dependência”. “Funciona dessa forma, não tem como evitar. Então (o que vale) é muito mais a forma dele de lidar com isso. Eu não vejo nenhum problema em uma Seleção ser dependente de um jogador. Tirando a seleção alemã, que não teve nenhum jogador que se destacou individualmente, todas sempre tiveram um que era o líder técnico”, disse Kaká, antes de complementar.

“Claro que a Seleção tem que se preparar, ter uma filosofia de jogo, um estilo, uma identidade, independentemente de qualquer jogador, mas o Neymar vai ser um condutor, um líder técnico, por muitos anos”, concluiu o craque.

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