Kerlon lembra origem do drible da foquinha e convívio com Balotelli
Folclórico atacante do futebol brasileiro que chamou a atenção com o drible da “foquinha”, Kerlon não se tornou o jogador que todos esperavam, mas ficou marcado com sua jogada característica. Em entrevista exclusiva a Flávio Prado, da Rádio Jovem Pan, Kerlon destacou que três sérias lesões atrapalharam sua caminhada, mas não lamento os rumos tomados em sua carreira. O Foquinha recordou o convívio com Balotelli na Inter de Milão e comentou o desenvolvimento de seu drible tão lembrado.
“Eu tive uma passagem pelo Cruzeiro, subi para o profissional com 17 anos, estreei contra o Santos no Mineirão. Estava vivendo uma fase muito boa e logo depois comecei a ter uma série de lesões ligamentares no joelho que me impediram de dar continuidade. Achei melhor mudar de ares, ir para a Europa, ver se as cosias melhoravam, mas os problemas continuaram”, disse.
“Tudo na vida tem um propósito. E essas lesões me fizeram amadurecer muito. Como pessoa, sou um cara muito melhor, e como profissional também. Hoje consigo olhar para a frente e ver que posso fazer um final muito feliz na minha história: superação por estar jogando, ter três lesões séria e estar em atividade”, completou o jogador que no futebol europeu passou por Inter de Milão, Chievo e Ajax.
Comprado pela Internazionale em 2009, Kerlon teve a oportunidade de conviver com grandes nomes do futebol mundial como o técnico Roberto Mancini, José Mourinho, Materazzi, além do atacante Balotelli. Sobre a relação com o centroavante, hoje no Milan, Foquinha elogiou o ex-companheiro.
“Uma impressão que as pessoas têm é que dentro de campo é aquele cara marrento, metido. Mas fora de campo é um cara muito gente boa, parceiro, brincalhão, todo o grupo gosta dele, não faz complô nenhum. As vezes essa marra dentro de campo, os próprios companheiros compram a briga dele”, comentou o atacante.
Marcado pelo drible da foquinha que lhe rendeu o apelido, Kerlon destacou que começou a praticar a jogada ainda quando criança. Ajudado pelo seu pai que desenvolveu a habilidade do garoto, o atacante ainda destacou que conseguiu aplicar a jogada quando jogou no Japão e também em Malta, onde jogou recentemente.
“Isso começou com 9 anos de díade com meu pai. Ele me incentivou a fazer isso. Eu tinha o controle muito bom da bola, comecei a controlar na cabeça e ele pediu para eu dar uma caminhada com ela, depois correr. Começamos a desenvolver o estudo de visão periférica para saber de onde vem o defensor. Meu pai começou a ler livro e treinar em cima disso, driblando cones, até chegar ao ponto de fazer automaticamente”, explicou.
“No Japão consegui fazer. Lá tive uma temporada muito boa. Lá foi o lugar mais difícil que consegui fazer. Os japoneses correm muito, você não tem espaço. Quando a bola subia para fazer a jogada, eles já estavam muito próximos, senti muita dificuldade em fazer. E consegui fazer agora em Malta também”, recordou Kerlon que disputará o próximo campeonato mineiro pelo Villa Nova.
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