Leco defende “injustiçado” Ataíde e diz que vice seguirá no São Paulo
No centro da polêmica que derrubou o ex-presidente Carlos Miguel Aidar e pressionado por setores internos do São Paulo a deixar o cargo, o vice de futebol Ataíde Gil Guerreiro ganhou uma manifestação importante de apoio. Em participação no programa Esporte em Discussão na Jovem Pan, o atual mandatário tricolor Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, defendeu o dirigente e diz que Ataíde será mantido para 2016.
“Se depender do presidente, o Ataíde continua”, disse Leco. “Ele foi alvo e vítima de muitas investidas e pressões, por parte de torcedores e de pessoas de dentro do São Paulo. Mas as coisas não são exatamente como pareciam. O Ataíde teve que se envolver numa situação que acabou resultando na saída do ex-presidente, e por essa razão, com a história da fita, isso gerou um grande desgaste”.
Ataíde foi o pivô da renúncia de Aidar, ocorrida em outubro, ao fazer uma gravação de uma conversa com o então presidente, sem o conhecimento dele. No áudio, recentemente divulgado, Aidar propõe desviar e repartir uma comissão na contratação do jogador Gustavo Cascardo, da Portuguesa. Também há menções a supostas irregularidades no contrato assinado pelo clube com a fornecedora de material esportivo Under Armour.
“Insisto em afirmar com toda tranquilidade e convicção que o Ataíde é um homem sério, um homem correto. Ele tem alguns repentes, algumas atitudes mais fortes, mas isso precisa ser compreendido. Quando o relacionamento é limpo, ele convive muito bem, e é um grande são-paulino”, afirmou Leco.
Ataíde rompeu com Aidar pouco antes da renúncia do ex-presidente e chegou a agredi-lo com um soco em uma reunião. O dirigente foi readmitido como vice de futebol quando Leco assumiu a presidência do São Paulo há quase dois meses. Para o mandatário, a maioria das pessoas dentro do clube quer que o conteúdo da gravação seja passado a limpo.
“A questão da fita gerou reações e críticas por parte de alguns, e eu digo alguns porque são poucos. Quero crer que nenhum são-paulino tenha nenhum interesse em ocultar qualquer coisa que seja relevante para a história. O fato do Ataíde ter feito a revelação foi porque ele estava sendo acusado, injustiçado. Posso afirmar que o São Paulo tem magníficos conselheiros, homens dignos e honrados, que querem ver a instituição limpa e sem máculas”, concluiu.
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