Lei do ex? Reinaldo fala sobre reencontro com São Paulo após “perseguição”

  • Por Jovem Pan
  • 26/02/2016 17h52
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Alvo dos são-paulinos Divulgação Alvo dos são-paulinos

“Rogério Ceni no gol. Bruno na lateral direita, Rodrigo Caio e Lucão na zaga, e Reinaldo pela esquerda.” É possível cravar que, ao ouvir a escalação titular do São Paulo no passado, a maioria dos torcedores parava aí, no nome de Reinaldo, para reclamar. Muito.  

O jogador de 26 anos foi, por duas temporadas, o principal alvo dos fãs tricolores antes, durante e depois das partidas do time. Esforçado, mas dono de pouca técnica e quase nenhum senso de marcação, o lateral-esquerdo foi praticamente escorraçado pela torcida são-paulina no fim do ano passado. Consequência? Acabou cedido por empréstimo à Ponte Preta há um mês, em negociação comemorada como um título pelos mais fanáticos. 

Agora, a hora do reencontro chegou. Neste sábado, às 19h30 (de Brasília), Ponte Preta e São Paulo vão se enfrentar no Moisés Lucarelli, pela sétima rodada do Campeonato Paulista, e Reinaldo estará em campo – mesmo que ainda pertença ao time tricolor. O canhoto é titular da equipe campineira e terá, por 90 minutos, a chance de “se vingar” dos torcedores são-paulinos que tanto o vaiaram durante os dois anos em que ficou no clube do Morumbi. 

À favor de Reinaldo? Uma espécie de tradição, conhecida na internet como a “Lei do ex“. Ela diz que, quando um jogador enfrenta o seu ex-clube, há boas chances de ele fazer um gol. Será que o agora lateral-esquerdo da Ponte pensa nisso? Em entrevista exclusiva ao repórter Zeca Cardoso, da Rádio Jovem Pan, Reinaldo preferiu ser político. 

“Estou com uma expectativa enorme de enfrentar o São Paulo. Vai ser um prazer imenso reencontrar os meus ex-companheiros, os roupeiros, massagistas, médicos… Espero fazer uma boa partida e que a Ponte Preta saia vitoriosa”, afirmou, adotando o já conhecido discurso de jogadores que não querem se comprometer.  

“Para mim, está sendo muito bom jogar na Ponte, o que não quer dizer que eu não queria ter ficado no São Paulo. Parte da torcida pegava no meu pé, mas isso não me afetava em nada”, garantiu o canhoto, antes de explicar as razões que o fizeram se transferir para a equipe de Campinas. “A partir do momento em que eu vi que não ia ser aproveitado e que o torcedor já vinha pegando no meu pé há algum tempo, eu não pensei duas vezes em ir para a Ponte Preta. Lá, no São Paulo, eu não estava jogando, e o que qualquer atleta precisa é estar em campo mostrando o seu trabalho”, finalizou. 

Reinaldo pode não admitir, mas que um “golzinho” no São Paulo faria bem para o seu ego, faria. E, se isso de fato acontecer, o torcedor tricolor nem precisará sair da rotina: o nome do jogador, certamente, será sucedido de um xingamento, palavrão, ou algo do tipo. Nada que já não fosse comum.

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