Lembra dele? Ex-Santos estreia como técnico no Brasil e diz estudar todo dia
Campeão brasileiro com o Santos
Campeão brasileiro com o SantosCampeão brasileiro com Santos em 2002 e dono de passagens por Grêmio, Atlético-MG, Bahia e Corinthians, Robert da Silva Almeida é mais um integrante da “nova geração” de técnicos brasileiros. Aos 45 anos, o ex-meia está prestes a assumir o seu primeiro clube no País.
Depois de fazer estágios com Oswaldo de Oliveira e Tite e de passar seis meses à frente de um time nos Estados Unidos, Robert foi anunciado na semana passada como novo treinador do União ABC – equipe que, em 2017, vai estrear na primeira divisão do Campeonato Sul-Mato-Grossense.
E o ex-jogador se prepara diariamente para exercer a nova função.
Em entrevista exclusiva a Daniel Lian que vai ao ar no próximo fim de semana, na Rádio Jovem Pan, Robert mostrou que faz parte do grupo de “técnicos estudiosos”.
O ex-meia revelou que, desde o momento em que decidiu virar treinador, aprimora ao menos uma vez por dia a parte teórica do seu trabalho.
“Eu estudo no mínimo 40 minutos por dia“, contou Robert. “Fico vendo parte tática, treinamentos, pesquisando, assistindo a muitos jogos… Se não for assim, eu fico para trás“, acrescentou, ciente de que a dedicação vai aumentar ainda mais na primeira experiência como técnico em um clube brasileiro. “Agora, com essa rotina de treinador, fico ora dando treino, ora estudando, ora dando treino, ora estudando… Acho que vai ser importante para a minha carreira“.
Robert pendurou as chuteiras em 2006, aos 35 anos. A ideia de virar treinador, no entanto, surgiu há pouco tempo. Depois de quase uma década trabalhando com o agenciamento de atletas, o ex-jogador fez um curso ministrado pelo Sindicato dos Treinadores do Estado de São Paulo, em 2012, na USP, e, desde então, passou a se dedicar quase que diariamente à nova função.
Robert fez estágios com Oswaldo de Oliveira e Tite, treinou por seis meses o Corinthians USA, filial do time alvinegro nos Estados Unidos, e, no ano passado, atuou como auxiliar-técnico da Portuguesa Santista. O primeiro desafio à frente de um clube brasileiro será no desconhecido União ABC, time que foi vice-campeão da segunda divisão sul-mato-grossense em 2016 e vai disputar a elite estadual pela primeira vez em 2017.
“A gente tem um time jovem, com a base que foi vice-campeã da segunda divisão. Quero que a minha equipe jogue com muita posse de bola e velocidade. Vamos, dentro do nosso orçamento, tentar surpreender nessa competição“, prometeu o ex-meia, que vê com naturalidade o processo de renovação dos técnicos brasileiros – dos 12 maiores clubes do País, nove contarão com treinadores que nunca foram campeões nacionais em 2017.
“Quando eu era jogador e fui vendido do Olaria para o Guarani, fui trabalhar com o então jovem técnico Vanderlei Luxemburgo, que havia feito um grande trabalho no Bragantino. Ele era uma novidade na época... Então, essa renovação é uma coisa bem natural no futebol. E boa, também, porque apresenta novas ideias, conceitos modernos, novos métodos de treinamentos. Eu gosto”, argumentou.
Sobre a polêmica declaração de Renato Gáucho, que disse que só vai à Europa quem precisa aprender, Robert levou numa boa. “A gente conhece o jeito do Renato. Ele não é bobo. Já jogou e com certeza se prepara. Foi uma frase para jogar no ar, e, como ele tem esse jeito dele, foi até bom para a gente dar uma risada. Mas eu respeito. Cada um tem o seu jeito. Eu, pessoalmente, prefiro estudar e me aprimorar nos exercícios, na parte tática… Se não fizer isso, vou ficar para trás”, finalizou.
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