Líder dos EUA, Howard quer dar exemplo com “ações e não com palavras”

  • Por Jovem Pan
  • 09/06/2014 15h21
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Um dos jogadores mais experientes dos EUA EFE Tim Howard

Sem dúvidas, Tim Howard é um dos jogadores mais experientes do elenco dos Estados Unidos que vai disputar a Copa do Mundo deste ano, senão o com mais bagagem. Jogador do Everton, da Inglaterra, ele pode ser considerado uma peça-chave para o grupo comandado por Jurgen Klinsmann.

Com todo esse peso que o arqueiro tem no elenco, servir como exemplo para os companheiros é completamente normal. E Howard sabe disso muito bem. Nesta segunda-feira (9), em entrevista concedida ao site oficial da Fifa, ele falou sobre a liderança que exerce entre os convocados e sobre como ele vê a seleção norte-americana chegando para o Mundial.

Ao ser questionado sobre o fato de ser um dos cinco jogadores do plantel que já disputaram uma Copa do Mundo e se isso influencia no peso que carrega nas costas, Tim Howard foi claro.

“Sim, mas eu gosto de liderar com ações, e não com palavras. Eu apareço todos os dias. Eu trato os meus negócios com uma boa atitude e intensidade. Quando os caras mais novos veem esse tipo de coisa, eles veem a forma como é feito isso e usam isso como exemplo”, destacou Howard. “Você não pode deixar os caras desligados no treino. Eu chamo atenção deles se não estão fazendo as coisas da maneira certa ou se eles estão tirando o pé do acelerador. Você tem que ter certeza que o ritmo está alto no treinamento. Um líder não é o cara que grita mais alto, mas o cara que está fazendo as coisas certas quando você olha ao redor”, prosseguiu.

Recentemente, Tim Howard conquistou sua vitória de número 54 com a camisa dos Estados Unidos, superando Kasey Keller, um dos maiores goleiros da história do país. E Howard, que foi reserva de Keller na Copa do Mundo da Alemanha, em 2006, explica a importância de Keller em sua formação.

“Eu fui reserva dele por quatro ou cinco anos, e enquanto ele me deu bons conselhos, foram as coisas que ele não me falou que tiveram maior impacto. Eu o observava nos grandes momentos, durante os grandes jogos. Eu assistia a forma como ele se comportava, no hotel, com a imprensa, com todo mundo. Eu tenho minhas características, mas como profissional eu fui construído me baseando nele. Em termos de goleiro, ele é um super-homem”, declarou o atual arqueiro da seleção dos EUA, que lembra a maior lição que aprendeu com Keller. “Foi a sua calma. Nos grandes momentos, ele sempre era frio”, pontuou.

Os Estados Unidos estão no grupo G da Copa do Mundo, ao lado de Alemanha, Portugal e Gana. A chave é uma das mais difíceis da competição. E Howard tenta explicar como seria uma campanha bem-sucedida para seu país na principal competição do futebol mundial.

“Definir sucesso não é fácil. Eu penso assim: qualquer coisa menor do que vencer a Copa do Mundo deixa margem para duvidarem do que você fez. Se você não ganhar, então é difícil dizer que foi um sucesso. Mas isso é uma meta ambiciosa, então vamos primeiro tentar passar da fase de grupos”, concluiu.

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