Liga argelina pune clube de jogador morto e fecha estádio por 6 meses

Argel, 13 set (EFE).- A Liga de Futebol Profissional Argelina (LFP) puniu o JS Kabylie com o fechamento do estádio 1º de Novembro até o fim da atual temporada, depois da morte do atacante camaronês Albert Ebossé, atingido por uma pedra lançada por sua própria torcida.

Segundo comunicado divulgado pela entidade que organiza o campeonato local, o clube terá que jogar as partidas em casa com portões fechadas durante seis meses. Além disso, a torcida do JS Kabylie está proibida de entrar nos demais estádios das equipes que participam da competição até o fim da temporada 2014/2015.

Ebossé, de 24 anos, morreu em função do impacto causado por uma pedra lançada pela torcida de sua própria equipe ao final da derrota do JS Kabylie para o USM Argel por 2 a 1, em casa, em jogo válido pela segunda temporada do Campeonato Argelino.

Os torcedores do JSK, revoltados com o resultado negativo, começaram a jogar pedras e pedaços de madeira sobre os atletas quando eles se dirigiam aos vestiários.

Para o presidente do JSK, Mohand Cherif Hannachi, em entrevista ao jornal local “El Watan”, a punição é “injusta, desmensurada, escandalosa e inaceitável”.

“É uma decisão muito grave contra o nosso clube porque é subjetiva e ultrapassa os limites esportivos”, completou o dirigente, que criticou a LFP, afirmando que o JSK está pagando pelo ocorrido enquanto o autor do crime ainda esteja em liberdade.

Um dia depois da morte de Ebossé, o conselho de administração da LFP decidiu fechar, preventivamente, o estádio localizado na província de Tizi Ouzou até o fim da investigação feita pelas autoridades competentes. Os trabalhos ainda não foram encerrados.

Em agosto, promotoria de Tizi Ouzou admitiu que seria muito difícil o autor do crime, porque vários objetos foram lançados das arquibancadas nos minutos finais da partida.

Ebossé tinha chegado ao JS Kabylie em 2013, e foi o artilheiro da temporada 2013/2014, em que o clube acabou vice-campeão, anotando 17 gols. EFE