Loebeling critica comando da arbitragem e diz: “juiz não pode ser protagonista”

  • Por Jovem Pan
  • 03/01/2016 10h49
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Alfredo Loebeling não poupou os árbitros da final do Paulista de críticas e detonou comando de arbitragem

Folhapress Alfredo Loebeling

A arbitragem foi um dos assuntos mais comentados e criticados no futebol brasileiro em 2015 e a expectativa para 2016 não é das melhores, pelo menos é o que acha o ex-árbitro Alfredo Loebeling. Em entrevista exclusiva ao locutor Fausto Favara da rádio Jovem Pan, Loebeling criticou o comando do futebol brasileiro, elogiou o gaúcho Anderson Daronco pelo trabalho na temporada passada e destacou: juiz de futebol não pode ser protagonista.

“Não tem como dar certo a partir do momento que tem a arbitragem paulista é comandada por um coronel e a arbitragem brasileira é comandada por alguém que nunca foi árbitro de ponta.  Lembra a época em que você tinha só MDB e Arena no Brasil, em que as indicações eram muito mais políticas do que técnicas. E isso está acontecendo na arbitragem”, criticou Alfredo Loebeling que destacou o desejo de mudanças.

“A gente torce para que toda essa mudança que está acontecendo no futebol mundial, na Fifa, que venha a atingir a CBF e as Federações, e que tenha um efeito cascata para atingir a arbitragem”, completou.

Questionado se Anderson Daronco foi o grande destaque da arbitragem brasileira em 2015, Loebeling elogiou o gaúcho, mas criticou as avaliações sobre o trabalho de Daronco.

“Acho que precisamos tomar certo cuidado quando começamos a achar que o árbitro é o protagonista por ser só grandão. Acho absurdo quando falam que ele se impõe pelo tamanho, isso não é MMA. Ela precisa se impor, não pelo tamanho, mas pela atitude. Então temos um equívoco com relação a avaliação. É um bom árbitro, mas tem que avaliar sempre seu trabalho e não o porte físico”, afirmou.

Loebeling ainda se disse a favor da implementação da tecnologia no futebol para auxiliar os juízes. O ex-árbitro, porém, destacou que dificilmente a Fifa aceitará  o uso de ferramentas como replay e chip na bola.

“Sempre fui a favor, mas sei que isso não vai acontecer nunca. A Fifa prega o Fair Play, e o Fair Play fala em igualdade para todos. Lógico que a Uefa, até a Conmebol conseguem colocar a tecnologia. Mas a Federação Africana, com todo o respeito, não consegue colocar telão em todos os estádios. E se coloca quem quer, você fere o princípio da Fifa de igualdade para todos”, analisou Loebeling.

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