Lothar Matthäus, sobre o Brasil na Copa: “Os brasileiros sempre choram”
Paris, 13 jul (EFE).- Campeão do mundo em 1990 e vice em 1982 e 1986, o ex-jogador alemão Lothar Matthäus afirmou que o Brasil não conseguiu jogar bem em nenhuma partida na Copa do Mundo e lamentou que os jogadores brasileiros tenham o costume de chorar em campo em muitas situações.
“Não entendo por que um jogador de futebol chora, brasileiros sempre choram. Toca o hino, choram; eliminam o Chile, choram; perdem para a Alemanha, choram. Eles têm que mostrar que são homens e são fortes. Nunca vi nada tão nefasto como a linguagem corporal dessa equipe”, disse em entrevista publicada no “Le Journal du Dimanche”.
Matthäus se mostrou muito duro nas declarações sobre a postura dos jogadores a atuação brasileira na semifinal contra a Alemanha, na qual os anfitriões foram eliminados com uma histórica derrota por 7 a 1.
“Eles tinham medo. O que é isso de camisa do Neymar? A França perdeu Ribéry e não ouvimos nada. O mesmo aconteceu com Falcao García na Colômbia e Reus na Alemanha. Em vez de choramingar, os brasileiros tinham que mostrar que podiam conseguir sem ele”, disse.
Para o alemão, a seleção brasileira ficou muito abatida com a perda do camisa 10, fato que, apesar da gravidade da lesão, deveria ser interpretado como um episódio recorrente no esporte.
“A ausência de Neymar era a única preocupação antes da semifinal. Fui surpreendido. Neymar não está morto, que eu saiba. Foi lesionado de maneira feia e sinto muito, mas uma equipe tem que ser mais forte que um jogador”, acrescentou.
Sobre o resultado elástico do jogo, o alemão admitiu ter se impressionado com o número de gols que o Brasil sofreu e responsabilizou a pressão sentida pelos jogadores brasileiros.
“Havia um verdadeiro perigo psicológico para os brasileiros, uma sobrecarga de emoções, e pagaram por isso. Não fizeram nenhuma partida boa em todo o Mundial, salvo trinta minutos contra a Colômbia”, analisou.
Confiante para a decisão do torneio neste domingo, Lothar Matthäus considerou grandes as chances de a Alemanha conquistar a taça com uma vitória sobre os argentinos.
“Talvez não tenhamos jogadores tão brilhantes como Messi ou Neymar, mas temos uma equipe que desenvolveu um estilo diferente, mais técnico que o da Alemanha de 30 anos atrás”, concluiu.
Alemanha e Argentina decidirão o título da Copa do Mundo neste domingo, às 16h (horário de Brasília), no Maracanã, no Rio de Janeiro. EFE
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