Löw enaltece trabalho a longo prazo e paciência até conquista do tetra

  • Por Agencia EFE
  • 13/07/2014 21h56

Rio de Janeiro, 13 jul (EFE).- À frente da seleção alemã desde 2006, depois de ter passado dois anos como auxiliar de Jürgen Klinsmann, o técnico Joachim Löw disse neste domingo após a vitória sobre a Argentina por 1 a 0 que a equipe foi preparada durante anos para conquistar o título e destacou o fato de não ter havido desânimo após alguns fracassos.

“Estamos juntos há 55 dias, mas este projeto começo há dez anos. É um resultado de muitos anos de trabalho, que o Klinsmann começou e no qual demos sequência. Progredimos continuamente e, apesar de não termos conseguido dar este passo antes, trabalhamos arduamente em busca dele”, exaltou Löw em entrevista coletiva, na qual disse que ser campeão no Brasil tem um gosto especial.

“Aliamos capacidade técnica e vontade de realizar desejos e por essa razão chegamos aqui hoje. Somos a primeira seleção europeia a vencer uma Copa na América. Vencemos no Maracanã, no Rio, no país do futebol, e isso nos dá muito orgulho”, comemorou.

Löw chamou a atenção para o preparo físico de sua equipe ao longo de toda a competição e principalmente na final, na qual, segundo ele, a Alemanha chegou à prorrogação mais inteira que a adversária.

“Desde o início sabíamos que nao teríamos apenas 11 jogadores em campo, que precisaríamos de 14, todos bem condicionados e prontos. Com estas tempertaruras, nem sempre fica claro se todos conseguirão jogar no seu máximo por 90 ou 120 minutos e hoje observamos bem. Vimos na prorrogação a Argentina cada vez mais cansada, e nós tínhamos Müller e Shürrle, que conseguem ir sempre até o final”, comentou.

Com o passar do tempo ao longo da Copa, a relação entre a seleção alemã e os brasileiros foi ficando cada vez mais estreita, principalmente os que vivem em Santa Cruz Cabrália, onde os agora teetracampeões estabeleceram sua base. O treinador agradeceu o apoio recebido, mesmo depois da humilhante goleada imposta à equipe da casa nas semifinais.

“Obviamente temos que agradecer ao anfitrião por organizar uma Copa tão maravilhosa. As pessoas em torno do nosso CT foram muito gentis conosco, e isso com certeza foi um dos pontos altos que senti em minha carreira. Depois que vencemos o Brasil por 7 a 1, houve muia tristeza muito grande no país. Mesmo assim, na rua, no caminho para o CT, vimos pessoas segurando cartazes com frases de apoio e bandeiras da Alemanha. Foi impressionante”, descreveu.

Num clima leve que só um título pode dar a uma coletiva, Löw brincou ao ser perguntado sobre sua demissão do Austria Viena, em 2004. Foi seu último trabalho antes de ser contratado para a seleção de seu país.

“Não acho que foi uma injustiça. Aquilo na verdade foi um momento de sorte. Caso contrário, eu não estaria aqui”, declarou, entre risos. EFE

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.