Löw rebate críticas: “Não é videogame, nem sempre é possível jogar bem”

  • Por Agencia EFE
  • 03/07/2014 18h55

Joachim Löw aprovou a estreia da Alemanha

AFP Low aprova estreia alemã

Alvo de críticas devido à suada vitória por 2 a 1 sobre a Argélia, na prorrogação, pelas oitavas de final da Copa do Mundo, o técnico da Alemanha, Joachim Löw, discordou nesta quinta-feira (3) da opinião alheia e afirmou que não é possível um time render o máximo em todas as partidas.

“Nem sempre é fácil ganhar. Tivemos sete chances de gol para decidir. Nem sempre é possível jogar bem, isto não é um videogame. As críticas vêm por desconhecimento, pois a Argélia, assim como Costa Rica, México e Colômbia, é uma excelente seleção. É difícil saber o que o adversário vai fazer”, disse em coletiva de imprensa.

Na véspera da partida contra a França, pelas quartas de final do torneio, às 13h (horário de Brasília), no Maracanã, no Rio de Janeiro, o treinador confessou que não lê jornais nos dias que antecedem os jogos para evitar opiniões.

“Nenhuma crítica que se publique sobre a Alemanha me influirá na hora de tomar as decisões corretas. Nenhuma decisão é para sempre, eu decido em função de cada partida”, afirmou, ao optar por escalar o polivalente Philipp Lahm como meia ao invés de lateral direito.

Löw revelou que quase metade da equipe teve problemas de garganta por causa do ar condicionado do hotel, mas que espera que estejam todos bem para a partida contra a França. Os volantes Sami Khedira e Bastian Schweinsteiger tiveram três dias de repouso e a expectativa é que já não sintam mais incômodos no dia do jogo.

A Alemanha jogará no Maracanã um dia antes da comemoração de 60 anos do “Milagre de Berna”, a conquista da primeira Copa do Mundo do país contra a poderosa seleção húngara da época, mas, apesar da data marcante, o técnico preferiu focar no presente.

“É um dia histórico, mas isso não é o mais importante. Agora, o importante é que enfrentaremos um rival de nível elevadíssimo em um estádio mítico. Isso é uma motivação”, acrescentou.

Ao ser perguntado sobre como ele (como auxiliar) e Jürgen Klinsmann (técnico da seleção na época) reduziram a pressão sobre os jogadores anfitriões na Copa do Mundo de 2006, na Alemanha, Löw comentou que o elenco já chega ao torneio preparado para ocasiões como essa e que o mesmo vale para os brasileiros desta vez.

“Minha experiência diz que os jogadores que atuam nesse nível já estão acostumados a esse tipo de pressão. Estão em grandes clubes que sempre têm a obrigação de ganhar. Não acho que com a seleção brasileira seja diferente, embora as expectativas sejam tão altas. A pressão acaba quando o jogo começa”, concluiu.

 

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