Lusa confirma Justiça Comum entre terça e quarta, mas admite acordo com CBF

  • Por Jovem Pan
  • 01/04/2014 13h45
SÃO PAULO, SP, 14.12.2013: TORCEDORES DA PORTUGUESA - Torcedores do time da Portuguesa protestam, no MASP, contra o possível rebaixamento do time para a segunda divisão do campeonato Brasileiro..(Foto: Eduardo Knapp/Folhapress) Folhapress Torcedores da Lusa prostestam contra tapetão na Av. Paulista

A Portuguesa confirmou que irá à Justiça Comum para buscar uma vaga na Série A do Campeonato Brasileiro. Após várias vezes indicando, e com o presidente Ilídio Lico recuando, uma reunião nesta segunda-feira definição a ação.

Em entrevista exclusiva à rádio Jovem Pan, o vice-presidente Jurídico da Portuguesa, Orlando Cordeiro de Barros, disse que esta é a última opção do clube, que luta pelo direito conquistado dentro de campo, e que não pode precisar a data, mas será algo brevíssimo, entre terça e quarta-feira.

Sobre uma possível ameaça ao presidente, que era contra a ação, Orlando diz que desconhece, mas que há uma insegurança muito grande pela parte financeira, em razão da dívida herdada da gestão anterior – passivos atrasados de R$17 milhões, segundo o vice jurídico.

Ele conta que o presidente tentou inúmeras vezes uma composição para que não ocorresse a ação na Justiça Comum, mas que esta foi a solução encontrada, como uma última alternativa, uma vez que o bom senso não prevaleceu.

“Para que a Portuguesa se mantivesse de maneira honrosa, quitar compromisso em acordo e composição, decidiu-se que o último remédio é a Justiça Comum”.

Outro ponto levantado por ele é que a Portuguesa tem conversado com a CBF para receber cotas da Série A, mesmo disputando a Série B, mas que isto não mudaria a entrada na Justiça. “Não há possibilidade da ação não ser proposta, não é moeda de troca nem de barganha. Se de alguma maneira receber dinheiro para que faça a frente a CBF será decisão do presidente”.

O importante, em seu ponto de vista, é estar aberto a conversas e ao bom senso.  “Quem milita na área jurídica deve tentar a pacificação primeiro. O diálogo deve estar sempre aberto, não haver intransigência nem pelo lado da Portuguesa nem pela CBF, pois a briga e o imbróglio não interessa a ninguém”.

Um dos pontos que preocupa a Portuguesa é uma possível desfiliação da CBF e da Fifa, mas para Orlando o risco é o mesmo para o clube e para a CBF.

“Temos consiência que sabemos como começa, mas não como termina. Não vejo uma possibilidade que a Portuguesa seja punida, a não ser que todo instrumento normativo seja mudado no país, mas a Portuguesa continua aberta ao diálogo e ao bom senso”.

O pivô de toda a confusão o meia Héverton, que foi escalado irregular e gerou a punição ao clube, anunciou nesta segunda-feira a aposentadoria do futebol, aos 28 anos, alegando não ter mais vontade de jogar após os ocorridos. Para o representante do jurídico, isto é algo pessoal, que não tem a ver com a Portuguesa.

Os envolvidos no caso, dentro da Portuguesa, estão sendo investigados por uma comissão de ética, e devem sofrer penalidades. Orlando aponta que os personagem já são conhecidos, e são todos que receberam o email com a data do julgamento.  “Em tese eles são responsáveis. O Dr. Valdir, advogado do clube, dirigentes e o ex-presidente Manuel da Lupa, como primeiro mandatário. Mas eu falo em falo em responsabilidade administrativa, não fraude”.

O que ele coloca ainda é que, ao final da investigação, quem for considerado culpado deve pagar pelos prejuízos, porque o clube nunca viveu um impacto financeiro desde mote. “Pessoas terão que ser punidas e ressarcirem a Portuguesa”. Ele ainda fala que o clube terá que se realinhar, viver dentro da realidade, e que deve levar entre duas e três gestões para sanar todas as dívidas.

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