Luta contra a degola e briga pelo G6: o que mais está em jogo no Majestoso?
Os objetivos de São Paulo e Corinthians nesta reta final do Campeonato Brasileiro podem ser distintos, mas a vontade e a necessidade de conquistar os três pontos são parecidas. Enquanto um briga para se livrar de vez do rebaixamento, o outro sonha com uma vaga na Libertadores.
No último Majestoso do ano, o passado e o futuro dos dois clubes está em jogo. O São Paulo terá mais uma oportunidade de apagar da memória de seus torcedores o massacre sofrido para o Corinthians no último Campeonato Brasileiro, quando foi goleado por 6 a 1, em Itaquera. Já o Timão tentará manter o retrospecto favorável sobre o rival conquistado nos últimos anos.
E no clima de “vencer é bom, mas vencer o rival é ainda melhor”, a Jovem Pan lista cinco motivos que deixam o clássico deste sábado ainda mais importante. Confira:
Casa cheia
A média de público nos jogos disputados no Morumbi nesta temporada é pequena. No entanto, para o Majestoso, a expectativa da diretoria São Paulo é que o estádio receba mais de 50 mil torcedores. Para isso, os ingressos a valores promocionais que foram cobrados nas últimas partidas da equipe no Campeonato Brasileiro foram mantidos. A arquibancada, setor mais popular, custou apenas R$ 10.
Preparação
Eliminados da Copa do Brasil, São Paulo e Corinthians tiveram a semana livre para se prepararem para o clássico. Ricardo Gomes e Oswaldo de Oliveira puderam corrigir os erros cometidos pelas equipes em seus últimos jogos no Brasileirão e devem mandar a campo times com formações diferentes das vistas nas partidas contra América-MG e Chapecoense, respectivamente. No São Paulo, a principal novidade deve ser Buffarini, enquanto no Corinthians Guilherme deve voltar.
Treinadores
Ricardo Gomes chegou ao São Paulo no início de agosto. Oswaldo de Oliveira assumiu o Corinthians apenas em outubro.
Se técnico tricolor veio com a missão de livrar o time do rebaixamento, o comandante alvinegro chegou com a meta de classificar a equipe para a Libertadores. Mas, até agora, nenhum dos dois obteve êxito e a desconfiança permanece. Uma vitória no clássico pode amenizar o clima.
Atacantes
O argentino Andrés Chávez começou bem no São Paulo, marcando gols e se tornou a esperança dos torcedores, mas desde setembro não balança a rede. A vontade de encerrar o jejum no clássico é enorme. Pelo lado do Corinthians, o paraguaio Ángel Romero, que recentemente se tornou o maior artilheiro da história do Itaquerão, quer repetir a boa atuação que teve no massacre corintiano do Brasileirão-15, quando marcou duas vezes.
Honra
Após o 6 a 1 contra o Corinthians no Brasileirão do ano passado, o São Paulo colecionou vexames na atual temporada. Eliminação no Paulistão para o Audax/Osasco e na Copa do Brasil para o Juventude, derrotas para times de menor expressão na Libertadores e no Campeonato Brasileiro, luta contra o rebaixamento, troca de treinadores e até invasão de torcedores no CT.
O cenário do Corinthians não é tão diferente do rival. Se em 2015, quando massacrou o São Paulo, o Timão já era campeão brasileiro e se deu ao luxo de entrar em campo com o time considerado reserva, dessa vez a equipe luta “apenas” pelo G6. O desmanche do elenco, a saída de Tite para a Seleção Brasileira e os erros de gestão da atual diretoria, levaram o clube a essa situação.
Por mais que o atual momento não represente a grandeza dos times e o desejo de seus torcedores, o clássico naturalmente tem seu charme e valor. A expectativa pelo jogo, a tensão dos jogadores e a ansiedade dos torcedores ao longo da semana não foram deixados de lado. Quem vencer vai festejar, quem perder vai reclamar. Além da luta contra degola e da briga pelo G6, a honra também está em jogo.
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