Emmanuel Macron afirma que bandeira russa ‘não pode estar nos Jogos de Paris’

Segundo o presidente francês, Rússia teria cometido ‘crimes de guerra’

  • Por Jovem Pan
  • 07/09/2023 00h27 - Atualizado em 07/09/2023 00h33
EFE/EPA/Lewis Joly emmanuel mcaron Declaração foi dada em entrevista ao jornal esportivo francês L’Équipe

O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou em entrevista ao jornal esportivo francês L’Équipe que a bandeira da Rússia não pode estar nos Jogos Olímpicos de Paris. O evento será sediado na França em 2024. A declaração foi publicada na edição desta quarta-feira, 6. O motivo, segundo o líder francês, é que a Rússia cometeu “crimes de guerra”. Macron deseja que decisão seja em consciência do mundo olímpico. “Quero que seja uma decisão em consciência do mundo olímpico. Não cabe ao Estado anfitrião decidir o que o COI (Comitê Olímpico Internacional) deve fazer”, respondeu ao ser questionado sobre a possível presença de atletas russos competindo individualmente. “Confio totalmente em Thomas Bach (o presidente do COI)”, disse Macron. O presidente afirmou que os ucranianos deveriam se unir a esta reflexão. “Evidentemente que a bandeira russa não pode estar nos Jogos de Paris, acredito que isso gera um consenso”, afirmou o chefe de estado. “Porque a Rússia como país não tem lugar num momento em que cometeu crimes de guerra e em que deporta crianças. A verdadeira questão que o mundo olímpico terá de decidir é que lugar dar aos atletas russos que por vezes se prepararam durante toda a vida e que também podem ser vítimas deste regime”, acrescentou. É necessário que seja algo que os ucranianos entendam. Esse é o equilíbrio que temos de fazer”, afirmou.

Macron também foi questionado sobre como diferenciar atletas russos que apoiam o seu governo daqueles que são contra ou são vítimas dele. “Essa é a verdadeira questão e é aí que o mundo olímpico deve, em consciência, dar a sua opinião e especificar as garantias. É necessário que seja algo que os ucranianos entenda. Esse é o equilíbrio que temos de fazer”, afirmou.

*Com informações da AFP

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