Maestro vê erro proposital e ainda se indigna com queda da Lusa: “vergonha”
Maestro João Carlos Martins é um torcedor apaixonado pela Lusa
Maestro João Carlos Martins é um torcedor apaixonado pela LusaUm dos mais célebres torcedores da Portuguesa, o Maestro João Carlos Martins ainda não conseguiu esquecer o que aconteceu com o seu clube do coração há pouco mais de dois anos, no Campeonato Brasileiro. Em 2013, a Lusa encerrou a competição na 12ª posição, mas perdeu quatro pontos nos tribunais por causa da escalação irregular do meia Héverton. Assim, acabou rebaixada à Série B.
Em entrevista a Raphael Thebas, da Rádio Jovem Pan, João Carlos Martins se negou a acreditar que o erro da Portuguesa tenha sido involuntário. “Não foi uma confusão, não. Foi muito mais do que uma simples confusão. Foi algo que somente a Justiça poderá esclarecer”, sugeriu o Maestro.
“É uma das coisas mais tristes da história do futebol brasileiro alguém escalar, de propósito, um jogador que legalmente não poderia entrar em campo. Se esse fato tivesse acontecido com um clube como o Corinthians, Flamengo ou São Paulo, por exemplo, certamente teria tomado outras proporções do que as tomadas contra um jogador da Portuguesa. Mas, infelizmente, essa é a história do futebol”, criticou João Carlos Martins.
Toda a controvérsia aconteceu na última rodada do Campeonato Brasileiro de 2013. O meia Héverton foi suspenso na sexta-feira anterior ao jogo contra o Grêmio, mas a sentença só foi publicada no site da CBF na segunda-feira – ou seja, depois da partida. O atleta começou a partida na reserva e entrou em campo restando 13 minutos para o fim. Consequência? A Portuguesa foi punida, perdeu quatro pontos nos tribunais e acabou rebaixada à Série B – ocupando o lugar que, dentro de campo, cabia ao Fluminense.
Inicialmente, a Portuguesa alegou não saber da suspensão de Héverton – apesar da presença do então advogado do clube, Osvaldo Sestário, no julgamento realizado na sexta-feira anterior à partida. Meses depois, porém, o promotor de Justiça Roberto Senise Lisboa investigou o caso e disse ter encontrado evidências de que cinco membros da ex-diretoria da Portuguesa sabiam que o jogador não poderia ser escalado e omitiram a informação. A ação irregular, então, teria sido premeditada e motivada por uma recompensa financeira.
É nessa tese que o Maestro João Carlos Martins acredita. Para ele, aliás, o Caso Héverton foi o ponto de partida de uma série de escândalos que assombram o futebol mundial nos últimos meses. “O presidente da Fifa foi barrado, um presidente da CBF foi preso, o outro não pode sair do Brasil… Tantas coisas aconteceram. E, para mim, o pontapé inicial de tudo isso foi dado naquela vergonha de colocar em campo por 13 minutos um atleta que não poderia jogar”, encerrou Martins.
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