Maior ídolo brasileiro, Senna venceu o Grande Prêmio do Brasil em 1991 e 1993

  • Por Jovem Pan
  • 06/11/2014 16h37
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***20 ANOS DA MORTE DE AYRTON SENNA*** Depois de espirrar champanhe no público que o aplaudia nos boxes, Ayrton Senna vira a garrafa sobre sua cabeça para comemorar sua primeira vitória no GP Brasil, em Interlagos, São Paulo (SP). (Crédito: Jorge Araújo-24.mar.91/Folhapress) lightbox Ayrton Senna ORG XMIT: AGEN1011210559191143 Folhapress Senna comemora sua primeira vitória no GP do Brasil

Ayrton Senna é considerado como o maior piloto de Fórmula 1 de todos os tempos. Tricampeão mundial da categoria, o brasileiro também deixou a sua marca no GP do Brasil, no autódromo de Interlagos, local onde será disputada a penúltima etapa do campeonato, que tem o britânico Lewis Hamilton, fã declarado do ícone do automobilismo, como líder da competição.

Com dez anos de carreira na F1, Senna só conseguiu a tão esperada vitória em seu país já em seus últimos anos como profissional. Na McLaren, onde conquistou os seus três títulos, o piloto subiu ao lugar mais alto do pódio em Interlagos por duas vezes. Em 1991, o campeão de 1988 foi ao limite para superar a quebra das marchas e a chuva que caiu na pista para segurar a primeira posição e levar o público presente ao delírio nas arquibancadas. Dois anos depois, o até então bicampeão do mundo superou as poderosas Williams e conquistou a sua segunda e última vitória em casa, saindo do carro carregado pelos torcedores que invadiram a pista, em cena jamais vista na história do esporte.

Relembre como foram as vitórias de Senna em 1991 e 1993:

Vitória no braço e no limite físico

Em 24 de março de 1991, Ayrton Senna largou na pole position, seguido de Riccardo Patrese e Nigel Mansell, ambos da Williams. A corrida transcorria bem até o momento em que Ayrton começou a ter problemas mecânicos. O líder perdeu a sua quarta marcha e precisou passar da terceira direto para a quinta. 

Depois de algumas voltas, as marchas restantes pararam de funcionar e Senna precisou segurar o câmbio com a mão direita e dirigir apenas com a esquerda. O piloto conseguiu passar pela linha de chegada apenas com a sexta marcha funcionando e saiu do carro esgotado, sem forças para levantar o troféu na celebração.

Estratégia certa e ovação ao final

No dia 28 de março, o GP do Brasil trazia Senna como um dos favoritos para vencer, mas um pouco atrás das Williams guiadas por Alain Prost e Damon Hill. Prost, rival e desafeto de Ayrton, conseguiu anotar a pole, seguido de Hill. Senna largou na terceira posição e precisou contar com a chuva para ter a chance de fazer uma corrida de igual para igual com seus rivais.

O francês saiu da corrida na volta 29, após perder o controle de seu carro e se chocar no brasileiro Christian Fittipaldi, deixando a batalha pela liderança resumida entre Hill e Senna. Com o acidente e a chuva, o Safety Car entrou na pista e o inglês conseguiu voltar na frente. Em uma atitude ousada, o brasileiro entrou nos boxes primeiro que todo mundo e colocou pneus slick um pouco antes do circuito secar. Com o pneu mais quente, Senna não teve problemas em ultrapassar seu adversário da Williams na 41ª volta e seguir rumo à vitória.

Após a bandeirada, a torcida presente no autódromo começou a invadir a pista para carregar Senna nos ombros, deixando a imagem eternizada na mente de todos os fãs da Fórmula 1.

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